sexta-feira, dezembro 29, 2006

Saddam; os humanos continuam a desafiar as lições básicas da História

Mais uma vez, um ex-governante, falo de Saddam, e não vou tecer comentários acerca da sua índole governativa, pois que, para isso, existe muita gente que não se cansa de o fazer, vai ser executado, para gáudio de todos os que querem perpetuar o negócio da guerra.
A partir da sua execução, com o beneplácito dos EUA (país de costumes duros e presumivelmente puros, segundo muitos dos seus autóctones espalhados pelos vários estados e igrejas), estará criado o próximo mito proveniente desta martirização. Neste processo deverão ocorrer muitos mais e terríveis massacres, e não haverá maneira de se prever o fim para esta nova crise, pertença de um velho novelo de crises que se desenvolvem umas sobre as outras, sempre com a conivência de altos (i)responsáveis que teimam em não implementar os ensinamentos que a História faculta aos homens. A pena de morte atrai outras penas de morte, e assim sucessivamente.
Para quê, retirar criminosos (e responsáveis por impensáveis atrocidades) do inferno que continua a ser a Terra?
E o que ganham os povos, quando assistem, impávidos, como se de mais um filme de ficção se tratasse, às execuções entre dirigentes, uns mais legais que outros, dependendo da posição actual e sempre do poder actual das suas armas?
Caminhamos a passos largos para uma catástrofe de proporções dificilmente imagináveis, e todos os tijolos que se vão colocando com vista à consumação das negras previsões são actos também eles criminosos. A legitimidade nunca será motivo de lavagem do próximo crime. mesmo que lhe seja dado o nome de execução.
Consola-me ser europeu, nos costumes, na assumida velhice continental e nas palavras de dirigentes que me podem bem representar afirmando sem temores a sua discordância perante uma acção que felizmente faz parte da nossa herança legal de outros tempos.
Sem possibilidade de se esconderem dos seus actos e das suas ficções, que apenas servem interesses bem longe dos olhares e convicções de quem os elegeu, mais uma vez a vergonha defendida por teses legalistas perfeitamente espúrias se vai colar aos nomes de dirigentes de países ditos desenvolvidos.
Nunca se fecharão ciclos com assassinatos políticos, nunca. E a democracia é, antes de tudo, um estado de elevada educação e respeito pela vida.
A melhor obra de Mozart ficará sempre manchada pelos aspectos mais básicos que regulam qualquer espécie de crime. À justiça dos homens apenas lhe falta um sponsor, que hoje em dia poderá ter naturalmente e cada vez mais visível o sinal da Coke americana.
Não será também assim no TPI?

quarta-feira, dezembro 27, 2006

O mau exemplo!

Muitas vezes nos confrontamos com a dúvida: o que terá corrido mal em Portugal depois de alinharmos no Euro?
Embora a resposta esteja no ar e nas mentes de todos - porque o culpado conhece sempre a solução do seu problema, embora não a distinga na maioria dos casos - apenas hoje chegou a confirmação oficial: Portugal, o mau exemplo, para referência dos próximos países a colocarem a fria moedinha nas suas contas quotidianas. Tão simples como isto: não faça o que aqueles meninos ali do Sul fizeram; de outro modo, espalha-se.
E que será feito dos responsáveis que estiveram a tratar do assunto, na altura, e que deixaram que as coisas chegassem a este ponto? Teriam sido despedidos, com justa causa, ou estão agora a gozar a reforma dourada que normalmente se paga em Portugal sempre que as coisas correm mal?

sábado, dezembro 23, 2006

O princípio do fim de uma barbaridade!

Por fim, as coisas começam a movimentar-se em Espanha.
Com senso político, os espanhóis vão começar pela proibição da morte dos toiros nas arenas; depois, virá o resto, e mais depressa do que pode parecer: o fim das toiradas!
Será que os espanhóis tomarão a dianteira aos lusos, sempre mais papistas que o papa?

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Outro anúncio...

Queridas senhoras, não esqueçais a venda de beneficência! É um bom modo de vos libertardes das coisas inúteis que estorvam em casa. Trazei os vossos maridos.

terça-feira, dezembro 05, 2006

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Uma vergonha cósmica...













Os direitos dos seres humanos não estão em causa, ou seja, sabemos que vivemos num mundo que só há muito pouco tempo inscreveu os direitos dos humanos na cartilha dos bons comportamentos, dos comportamentos próprios para gente inteligente. Assim torna-se simples verificar o atraso do espírito humano, da maioria dos seres teoricamente mais inteligentes do planeta Terra.

Ao constatarmos o facto torna-se muito mais difícil escrever e falar sobre o mau trato a que os animais estão sujeitos, especialmente aqueles que servem para a alimentação da população 'inteligente'. Já nem colocamos na mesa a actualíssima dscussão sobre o comer carne ou não; deixemos essa questão para outras calendas, possivelmente para daqui a uns bons anos em que as revelações e a experiência científica poderão ajudar o público consumidor a perceber melhor o seu papel como depositário da tal inteligência, permitam-nos, de certo modo 'mítica'.

Custa, de qualquer modo, muito ler notícias como esta (procurem nas notícias da coluna da direita)! A canalha portuguesa - claro que existe canalha em todos os países do mundo - sofregamente sentada em cima de um lucro de origem esclavagista, trata os animais que são oferecidos à alimentação da população como se de objectos se tratasse.
Abjecto, portanto e nestes casos digno de assassinos efectivos e à solta. Afinal, daqui por um par de anos serão denominados por assassinos pela gente que vier substituir esta grande massa não-pensante que habita, no caso presente, em Portugal. Como a lei é permissiva, ou melhor os sistemas de controlo relativamente a estes excessos, vale tudo aqui no território do faz-de-conta.

Agora por isso: saberá esta gente - se é possível chamar a esta escumalha 'gente' - o que está a ingerir e a relação com as formas de tratamento e morte dos valiosos 'conteúdos' na consequente digestão 'pacóvia' e excessivamente farta na barriga dos brutos?

E não confundam, nem falo como vegetariano, mas são cenas destas que possivelmente vão ajudar a acabar com um comércio perfeitamente inadequado aos desafios que se erguem no presente e futuro da humanidade.