terça-feira, outubro 30, 2012

Uma luta a dois que trama todos...

Este país tem sido campo de batalha entre as duas forças protagonistas do arco do poder, sem esquecer a intromissão de um PP que sempre se pôs em bicos de pés para usufruir de uma cadeira que estivesse mais a jeito, o que já aconteceu por mais de uma vez.

Nada seria condenável, pois então, se o país, o tal país de portugueses que mesmo com uma história atestando quanto de bem fez à economia mundial do pensamento liberal se tem limitado a observar o passar das modas, não estivesse numa situação ridícula e que pode ser justificada em boa parte pela má governação dos últimos 25 anos pelo menos. Naturalmente que a má governação não se inicia de um momento para o outro e, muito menos mas mais grave, num estado em que vigora a democracia representativa.

O que é certo, embora não seja politicamente correcto dizer ou escrever, é que estamos tramados e bem tramados. Se não tivesse havido privilegiados no decurso desta situação ainda se percebia o apertar do cinto; o certo é que houve e há muitas famílias que estão bem na vida, e os outros... bem, que fechem a porta.

Uma luta a dois sem benefícios visíveis para o tal estado português de que fazemos parte integrante. E porque neste caso o estado... somos nós!

quinta-feira, outubro 25, 2012

Krugman... amigo!

Estas tiradas de Paul Krugman sobre a chamada 'crise da dívida' na Europa é suficientemente esclarecedor. E nem é preciso dizer mais nada. É 'keinesiano'? E depois?

quarta-feira, outubro 24, 2012

Baixar o subsídio de desemprego?

O anúncio desta medida implica um estado de desorientação inaceitável por parte deste Governo.

Afinal, o pagamento de uma dívida que foi contraída pelos sucessivos governos deste mal amado país, e segundo as sumidades da actual governança, irá ser paga pelos que pouco ou nada têm!

Melhor do que isto, só... bem, não consigo presumir um exemplo que se compare. Tudo leva a crer que está na hora de o senhor Presidente da República Portuguesa, pelos deveres e atributos que lhe são próprios, assim como pelas obrigações que assumiu perante os portugueses, mostrar de que lado do tabuleiro se posiciona.

Lembro-me de que Rui Zink já referiu no seu 'Luto' o facto de Alberto Pimenta ter dito, ou escrito, que o maior dever de um pai é livrar o filho da tropa!


sábado, outubro 20, 2012

É o que dá... o privado em tempo de crise!



No 'Expresso Online' podia ler-se esta notícia, ontem, 6ª feira.

Não é a primeira e esperemos que seja a última com esta companhia. Privada, tem os objectivos virados para o lucro dos accionistas, naturalmente. Tendo um Estado como marca, seria, e não só em teoria, uma companhia com outros cuidados de segurança no que toca à manutenção.

Presumimos que existem hoje factores que não são de hipotética coexistência em tempo de crise. Segurança e prejuízo não jogam em companhias de baixo custo ou mesmo nas de um qualquer empresário 'novidade'! A Colômbia não é conhecida pela segurança aérea... e da Colômbia não vêm bebés, como em tempos já aconteceu com Paris.

Temo pela TAP. O princípio do lucro e do número que perpassa nos tecnocratas deste governo, impede-os de ver o futuro. Passa-se na TAP como na RTP!

Margaret Atwood explica-lhes em meia dúzia de linhas! Isto, se eles lessem, claro...

sábado, outubro 13, 2012

Será real?...

Li algures (pena não me lembrar...) que no dia 13 de Setembro de 2012, em entrevista à RTP, Passos Coelho culpou os portugueses por não comprarem automóveis, apesar de haver pessoas que os poderiam ter comprado!

Será esta a altura para um beliscão 'em grupo'?

Responsabilidade!

José Manuel Fernandes escreve no Público, edição do dia 21 de Setembro do corrente ano, um artigo que termina deste modo:
"Portugal chegou onde chegou porque teve os líderes que teve. Não apenas os dos últimos anos, mas os das últimas décadas. E também por causa dos partidos que tem. O meu pessimismo (...)  deriva sim dos que nos enganaram e enganam, vendendo eternas ilusões. Isto ainda acaba bem pior do que já está."

O artigo é contundente. E é um artigo que põe em causa para além dos actores apontados o próprio sistema político. Falar da qualidade dos partidos que temos em Portugal numa perspectiva negativa a este ponto é perigoso, embora não mais do que o pouco abonatório trabalho que por estes foi produzido ao longo dos últimos anos do século XX e primeiros anos do corrente. E é mais uma amostra da 'revisão da matéria dada', até hoje.

O certo é que por muitos factores que a favor do tempo e da história têm dado o tom aos desenvolvimentos políticos e económicos no chamado mundo ocidental uma coisa é certa: Portugal, mais uma vez, navegou 'à vista' perante um eleitorado crédulo nas prometidas soluções de quem o governou. Também é certo que se inicia no tempo presente uma nova fase talhada na falta de confiança nos partidos e nas invisíveis possibilidades de recuperação económica, política e moral do país.
O que estamos a principiar a viver hoje em Portugal é uma situação no mínimo muito grave. As consequências ainda se encontram  tapadas pelo movimento das imagens que os meios vão sucessivamente passando num corrupio efervescente de cor e ao ritmo de uma animação surrealista que embriaga tudo e todos, a caminho de uma ressaca que se espera não acabe com a vida dos desafortunados ébrios, que nós somos.

sábado, outubro 06, 2012

Gaspar, em frente, marchar, marchar!


O nosso Governo é 'muito mais para a frente'!
São tão poucos os ricos que em primeiro lugar vamos taxar e 'impostar'  a maioria!...
É a chamada era da 'quantidade.

Coitados dos Chineses maltratados pelos Europeus

Europa e China!
Uma relação subterrânea fomentada pela ambição dos dos grandes empresários europeus (possivelmente alunos brilhantes na faculdade do 'mestre', os que não são estúpidos, o tal de Borges 'dixit') com a deslocalização da mão de obra.
A China não se fez rogada, claro está. Resultado: produtos baratos, mais baratos do que os políticos europeus gostariam e, vai daí, tenta fechar-se a porta aos chineses aplicando elevadas taxas aduaneiras no intuito de proteger o continente do qual não se conhecem muito bem os limites e as brechas.
Eis que surge a Europa, a tal Europa meio indefinida ou o conjunto das Europas, como referiu Tony Judt, se vê envolvida numa crise da dívida - bem, grande parte deste continente ainda pouco atingida.
E aparecem os chineses com as suas elevadas reservas possibilitando uma ajuda aos europeus, também esta indeterminada, em valores e condições.
Por fim, nadad de conferências de imprensa abertas porque, de outro modo, o assunto resvala para os direitos humanos e começamos logo a lembrar-nos de Samuel, o Huntington!