Antes, eram em número despojado de relevância, nos domínios da estatística.
Notícia aqui, notícia ali, passaram a ser uma constante no caudal noticioso dos países detentores do 'mel e açúcar'.
Os dias foram passando, e eis que as notícias começam a dar conta das tentativas de entrada de 'vagas de legítimos esfomeados de mel e açúcar', na ordem das dezenas, depois centenas, e, agora, de milhares.
Faz tempo que procuram através do mar (com hipóteses mínimas) essa tal 'terra do mel e acúcar'; por terra, atiram-se e rasgam-se sem piedade de si e dos seus, na tentativa de encontrar um pouco desse tal 'mel e acúcar' que, por sinal, nós não queremos trocar - afinal - por nada.
Vamos lendo estas notícias com um ar de que 'não se passa nada', de 'pode ser que passe' ou 'pode ser que daqui por uns dias não se fale mais disso', bem, com um ar de incómodo, que é o único ar que o ser dito civilizado e coberto de 'mel e acúcar' pode expressar, mesmo quando o faz em si.
Mas, lá bem no fundo, vamos, diariamente, carregando na nossa consciência uma impressão chata, assim como um princípio de dor de dentes em estado de aviso à navegação, que nos diz, baixinho, que somos apenas cúmplices nesta questão de começarem a ser levantados muitos e altos muros, de labirínticas paredes electrificadas, no abandono a que são sujeitos nos países de origem ou tão longe deles que não lhes é possibilitado o seu regresso, apenas uma morte sem som, sempre no intuito de dificultar a chegada à meta dessa enorme massa de esfomeados... de mel e açúcar.
Milhares, muitos milhares, até se transformarem em milhões, muitos milhões, porque é de milhões que se está a tratar, e que, de uma forma ou de outra, irão penetrar, em vagas tremendas de gritos já muito doídos, nos terrenos dos nossos doces sonhos... de 'mel e açúcar'.
Nesse nosso e doce mundo de 'mel e açúcar' que todos os dias vamos saboreando cada vez mais devagar e com muito maior dificuldade... no engulir!
E então? E o nosso mel? E o nosso açúcar? Serão nossos?
Bem, parece que sim!
Pelo menos, foi o que nos foi dito...
Faz tempo que procuram através do mar (com hipóteses mínimas) essa tal 'terra do mel e acúcar'; por terra, atiram-se e rasgam-se sem piedade de si e dos seus, na tentativa de encontrar um pouco desse tal 'mel e acúcar' que, por sinal, nós não queremos trocar - afinal - por nada.
Vamos lendo estas notícias com um ar de que 'não se passa nada', de 'pode ser que passe' ou 'pode ser que daqui por uns dias não se fale mais disso', bem, com um ar de incómodo, que é o único ar que o ser dito civilizado e coberto de 'mel e acúcar' pode expressar, mesmo quando o faz em si.
Mas, lá bem no fundo, vamos, diariamente, carregando na nossa consciência uma impressão chata, assim como um princípio de dor de dentes em estado de aviso à navegação, que nos diz, baixinho, que somos apenas cúmplices nesta questão de começarem a ser levantados muitos e altos muros, de labirínticas paredes electrificadas, no abandono a que são sujeitos nos países de origem ou tão longe deles que não lhes é possibilitado o seu regresso, apenas uma morte sem som, sempre no intuito de dificultar a chegada à meta dessa enorme massa de esfomeados... de mel e açúcar.
Milhares, muitos milhares, até se transformarem em milhões, muitos milhões, porque é de milhões que se está a tratar, e que, de uma forma ou de outra, irão penetrar, em vagas tremendas de gritos já muito doídos, nos terrenos dos nossos doces sonhos... de 'mel e açúcar'.
Nesse nosso e doce mundo de 'mel e açúcar' que todos os dias vamos saboreando cada vez mais devagar e com muito maior dificuldade... no engulir!
E então? E o nosso mel? E o nosso açúcar? Serão nossos?
Bem, parece que sim!
Pelo menos, foi o que nos foi dito...
1 comentário:
concordo no essencial, só trocaria o mel e o açúcar por leite e mel.
quanto às vagas de esfomeados às portas da cidade: é verdade, eles estão aí, à espera !
e a cidade está entregue à terceira idade, cada vez há menos jovens entre nós...
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