quarta-feira, novembro 09, 2005

A ilusão

Desde que Cavaco Silva apresentou a sua candidatura, todo o mundo virou anti-cavaquista. Até pessoas insuspeitas, como os caramelos Martim e Manuel, entraram na onda do bota abaixo. A crítica fácil e destrutiva – o “está mal, porque sim” - é uma característica da opinião publicada que me irrita cada vez mais.
Antes do anúncio formal da sua candidatura, jornalistas e opinion-makers sentiam imensas saudades do “rigor e da prosperidade económica” que Cavaco promoveu. Os sucessores António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes eram e continuam a ser arrasados por comparação directa com Cavaco.
Mas, constato agora, todos estavam iludidos. Não sei com que fundamento, tinham a esperança de que Cavaco Silva tivesse mudado. Tinham a ilusão de que o Cavaco de 2005 seria simpático, ágil, com piada fácil na ponta da língua, adepto do diálogo e, principalmente, muito bem acompanhado. Pensavam que a Maria já não teria grande influência – mas, em compensação, teria ganho um guarda-roupa de “mulher do Presidente” –, que o Fernando Lima desapareceria do mapa, que o homem do dinheiro não se chamasse “Zeferino” ou “Manuel Joaquim”…
Enfim, todos tinham a vã esperança de que Aníbal Cavaco Silva não fosse Aníbal Cavaco Silva.

Meus caros: nenhum homem de 60 anos muda de pensamento, de personalidade, de amigos e de mulher.

É de Cavaco que Portugal precisa no Palácio de Belém? Ainda não cheguei a nenhuma conclusão.

3 comentários:

Anónimo disse...

caríssimo "Pássaro"!
Sabe que eu tb não cheguei a conclusão ...alguma ?????... Será que precisamos do Cavaco para alguma cousa (causa?)???
Um Abração e seja sempre Bemvindo ao seu ---CASTELO ! e se pusesse-mos D. SANCHO não no trono mas sim em ...BELÉM ???!!!!
João Carreira

Anónimo disse...

Desculpe Milhafre ...a posta era para o PAPA-AMORAS .

Anónimo disse...

Desculpe Milhafre ...a posta era para o PAPA-AMORAS .