
Ok, no caso português não é assim tão grave. Cá as pessoas geralmente não se atiram para dentro de contentores de resíduos tóxicos, pelo menos não intencionalmente. Mas o que
esta notícia nos diz é que talvez sem sabermos, um dia acordemos todos com um aspecto esverdeado, a deitar laser dos olhos e a levantar pianos de cauda com uma mão. Ou então, com um aspecto acinzentado/incolor, com os olhos cegos e a mão a cair-nos do braço. Logo se vê. Isto porque há umas quantas empresas portuguesas de camionagem que usam os seus camiões para fazer o transporte de resíduos tóxicos pele península ibérica (a denuncia foi feita pelos espanhóis) e usam depois os mesmos para transportar… ALIMENTOS! Pois, podia ser outra coisa qualquer, materiais de construção, cortiça, madeira, qualquer coisa, mas não, são mesmo produtos alimentares, para seres humanos, entenda-se. Mas afinal parece que está tudo bem. Não há problema nenhum, podemos estar todos descansados porque segundo o senhor major (atenção à questão do “major”) Jorge Amado, o coordenador do SEPNA (Serviço Especial de Protecção da Natureza), desde que os camiões sejam lavados segundo as normas a coisa passa. E como é que se prova se fora lavados segundo manda a lei? Apresentando uma factura da lavagem… Pois então! Como todos sabemos que a camionagem, os majores e as facturas são coisas desde sempre relacionadas com o bem e a honestidade, porque não começar já a treinar a visão raio-X, ou levantar algumas peças de mobília mais pesadas lá de casa?