quinta-feira, agosto 11, 2005

Oh, senhor Costa! (em directo)

Em directo, o senhor Costa, continua sem falar em 'prevenção'. Diz que a responsabilidade é dele.

Fala em comparar. Fala em 'fase alta'. Fala em antecipação. Dos meios para conter. Não fala em prevenção.

Fala em 'seca'. Fala que já se sabia que isto ia acontecer. E que é terrível. Mas é um drama. Mas não pode chamar nomes a ninguém.

Fala em suficiência de meios. Fala em situações de carência. Diz que se fosse carente, rezaria todos os dias para ter meios suficientes.
Diz que os incêndios começaram em Janeiro. Fala em ignições. Parece um técnico especializado.

Ensina como se deve ler o que está escrito na Lei sobre 'calamidade pública'. Sinto-me com falta de forças. Tenho a certeza de que não vamos lá.

É político profissional. Não tem hipóteses de saída. Está preso na sua condição partidária.
É um democrata em Portugal. Como os seus antecessores, tem um grave problema na construção em grupo em prol do interesse comum. E porquê? Por uma razão simples: não pode queimar nomes de pessoas que estiveram a governar durante muitos anos e que nada fizeram, tendo em conta o terrível problema que nos últimos 4 anos se abateu sobre o país.

Daí o problema do regime português: não existe responsabilidade no passado democrático português.

Está a falar há um tempo enorme e falou uma única vez (2 segundos) nas medidas preventivas ao nível da sivicultura e florestas; nem os deputados que o enfrentam falam nisso - pelo que suponho que continua a não ser urgente tratar desses assuntos.

É um prisioneiro dos acontecimentos. E nós.

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