quinta-feira, janeiro 31, 2013

Bacalhau, interesses e ignorância

É essencial atender ao problema de todo um micro comércio que desde há centenas de anos prolifera nas áreas piscatórias de Gloucester.
A votação de 77%, favorecendo um corte nos limites para a pesca do bacalhau - esse fenómeno da cozinha lusitana - chega, segundo os especialistas que já vinham alertando para as alterações no número relativo à espécie, tarde, muito tarde.
Os enormes interesses que se encontram protegidos nestas coisas relativas à chamada indústria da
pesca e não só nos USA, naturalmente, porque o seu carácter é hoje global, reagem tarde e a más horas quando teria sido possível atenuar os efeitos das varias ameaças que proliferam à volta do Globo, talvez, em bom tempo. Hoje, e segundo a admissão do erro por parte de responsáveis, afinal, se não pararmos de pescar agora o bacalhau extingue-se.

No final da discussão surge um apontamento que não é menor: para além da utilização de frotas com técnicas predadoras, no seu uso sistemático, sugerindo um combate mortal entre estados, através dos corsários 'da pesca', também as alterações climáticas se vão definindo como um factor que ameaça diariamente e à vista de todos os fluxos migratórios a estabilidade das espécies, entre as quais se encontra o 'fiel amigo'.

Quando as osgas sobem pelas paredes de Lisboa em pleno Janeiro, algo de muito perigoso pode estar a acontecer.

Mais um problema de muitos que nos vão surgindo, embora encapotado pelos interesses comerciais da comunicação jornalística publica e privada, que prefere falar de inutilidades e guerras de comadres, o que sendo um contra-senso, acaba por fazer todo o sentido; afinal quem quer olhar e comprar problemas que, embora pertença de todos nós, parecem - por enquanto - não se manifestar nas bancas dos supermercados que lá vão apresentando as postas do alimento.
Mesmo que já não haja dinheiro para o adquirir!

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