Admiro os poetas. Todos os poetas. Todos. Sem excepção.
Até os maus poetas têm desculpa - o que não é o caso, como verão! -.
E têm desculpa porque trilham os caminhos que os separam da perfeição. Buscam-na, uns com mais paciência, outros, talvez, com a insustentável leveza do ser que muitas vezes os define.
E nisto do caminhar pode ser encontrada a chave do homem contemporâneo: a busca é mais importante do que o resultado, diz quem sabe. E porque não, o sonho ainda comanda a vida!
Foi com alegria - por ficar confortado relativamente à conclusão: - não estou sózinho!, continuo a ter reservas ao funcionamento partidário em Portugal - que li uma crítica, e tão dura ela é, acerca do mal dos aparelhos partidários na realização da democracia, como ele a entende, possivelmente misturando ingredientes de insuficiente proteína animal no miolo, tornando-a assim numa utópica questão, q.b..
Alegre chega a referir-se a ela como sequestrada! Aqui, o desencanto do político é total. Eu nunca me atrevi a tanto! E não tenho a responsabilidade que Alegre carrega, como iniciado num partido de referência da cena política portuguesa e como passado/futuro candidato presidencial. Mas foi esta democracia, foi este resultado que ele e todos os seus contemporâneos construíram. Ou não terá sido assim?
É sempre complicado, no término de qualquer obra, o artista perceber que, afinal, a teoria onde se apoiou para a produção da obra não continha argumentos suficientemente sólidos para a desejada consolidação da estrutura.
Não estará sequestrada a disputadíssima democracia portuguesa; as suas instituições, mal ou bem, parecem ir funcionando, embora fora dos cânones do desenvolvimento pretendido, arrastada e muito pachorrentamente, com um futuro complicado; bem, 'vai-se andando', como se diz por cá.
Talvez tenha no seu útero um traço darwiniano levado ao extremo pelo sentir lusitano, que nestas coisas de sobrevivência nunca brinca nem brincará!
Meu caro, deixe-me tratá-lo por Manuel, o Alegre neste caso não fará muito sentido, presumo. Também eu fico muitas vezes a cismar: que bom seria viver a democracia (em Portugal) se conseguíssemos ser aquilo que não somos!
Até os maus poetas têm desculpa - o que não é o caso, como verão! -.
E têm desculpa porque trilham os caminhos que os separam da perfeição. Buscam-na, uns com mais paciência, outros, talvez, com a insustentável leveza do ser que muitas vezes os define.
E nisto do caminhar pode ser encontrada a chave do homem contemporâneo: a busca é mais importante do que o resultado, diz quem sabe. E porque não, o sonho ainda comanda a vida!
Foi com alegria - por ficar confortado relativamente à conclusão: - não estou sózinho!, continuo a ter reservas ao funcionamento partidário em Portugal - que li uma crítica, e tão dura ela é, acerca do mal dos aparelhos partidários na realização da democracia, como ele a entende, possivelmente misturando ingredientes de insuficiente proteína animal no miolo, tornando-a assim numa utópica questão, q.b..
Alegre chega a referir-se a ela como sequestrada! Aqui, o desencanto do político é total. Eu nunca me atrevi a tanto! E não tenho a responsabilidade que Alegre carrega, como iniciado num partido de referência da cena política portuguesa e como passado/futuro candidato presidencial. Mas foi esta democracia, foi este resultado que ele e todos os seus contemporâneos construíram. Ou não terá sido assim?
É sempre complicado, no término de qualquer obra, o artista perceber que, afinal, a teoria onde se apoiou para a produção da obra não continha argumentos suficientemente sólidos para a desejada consolidação da estrutura.
Não estará sequestrada a disputadíssima democracia portuguesa; as suas instituições, mal ou bem, parecem ir funcionando, embora fora dos cânones do desenvolvimento pretendido, arrastada e muito pachorrentamente, com um futuro complicado; bem, 'vai-se andando', como se diz por cá.
Talvez tenha no seu útero um traço darwiniano levado ao extremo pelo sentir lusitano, que nestas coisas de sobrevivência nunca brinca nem brincará!
Meu caro, deixe-me tratá-lo por Manuel, o Alegre neste caso não fará muito sentido, presumo. Também eu fico muitas vezes a cismar: que bom seria viver a democracia (em Portugal) se conseguíssemos ser aquilo que não somos!
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