A democracia, senão for ensaiada, ensinada, regada a partir de tenra idade, da mesma forma que se mata a sede ás plantas de um jardim, dificilmente irá ser percebida e vivida por um qualquer cidadão.
É importante explicar o que é o Estado, como se compõe, quais os factores determinantes para a sua existência, o que são as forças de segurança, de quem dependem, qual a sua especial situação relativamente ao resto dos cidadãos, etc.. Seguidamente, devem ser explicadas as regras para a manutenção de um estado que se pretende democrático. Certamente, existirão constituições menos dúbias que a nossa em aspectos fundamentais no regular funcionamento de países democráticos.
Apesar de serem passíveis a aplicação de algumas originalidades, no âmbito da vivência democrática, que acabam por dar sentido ao seu desenvolvimento como processo e sistema politico, haverá sempre lugar à execução de algumas práticas provenientes de exemplos já testados em lugares, sem dúvida, mais desenvolvidos, democraticamente, e com mais tempo de vida dessa apetecida vivência.
É sabido que todas as questões que relevam da relação entre Governos e instituições militares, especialmente aquelas que dizem respeito às condições de manutenção, proventos e privilégios dessas instituições, devem ser tratadas com um sentido de estado efectivo pelas duas partes. Essa relação, para bem de todos os cidadãos, da sua paz e da sua segurança, jamais deverá descer à praça pública, e deverá, do mesmo modo, estar salvaguardada pelo carácter especial que define a ligação entre as partes acima referidas.
Ou seja, quando a rua sobrevém numa relação entre estas entidades, estamos (a população, os cidadãos), seriamente ameaçados.
Se vivêssemos num estado ditatorial, estaríamos em presença de uma divisão perigosa que poderia (porque não?) levar até a um hipotético estado revolucionário; no caso actual, pensamos que este pretenso confronto – em virtude do nosso estado democrático e da nossa posição como elemento de direito da UE – prefigura uma anomalia, uma doença estranha e perigosa no tecido militar, braço natural do nosso estado democrático.
O que se tem passado com a tal Associação que provoca, convoca o povo de Lisboa, fala em passeio desarmado, controla os fóruns de rádio, insulta o Governo chamando-lhe de prática fascista (se lá estivesse a oposição o léxico não derivaria), etc., é um insulto ao bom senso dos contribuintes e ao pretenso desenvolvimento da democracia portuguesa.
A democracia tem contornos processuais que limitam, felizmente, a tendência que cidadãos menos precavidos têm para reagir impulsivamente a situações que lhes são, por vezes, e como acontece com outros sectores da vida publica e privada, desfavoráveis.
Que se cumpram as regras democráticas e que se enviem os nossos militares para os quartéis – já -, porque a brincadeira está, na minha opinião de cidadão, a ir longe demais.
Será talvez desnecessário referir-me ao papel hipócrita que o PCP tem demonstrado nesta fase de descontrolo mediático, acirrando os ânimos quando deveria ter decoro pelas regras que também são as suas, porque faz parte deste estado e deste país.
Outra coisa: os tempos mudam, e com o tempo tudo muda. Se por um acaso próprio da história das gentes, os militares e as suas associações não percebem que os seus problemas devem ser resolvidos nos locais apropriados, segundo a norma que lhes é própria, então, nós, portugueses do século XXI, estaremos a passar a ideia aos parceiros actuais europeus e ao mundo em geral que acabámos de inaugurar a vida de um país no reino do absurdo.
É importante explicar o que é o Estado, como se compõe, quais os factores determinantes para a sua existência, o que são as forças de segurança, de quem dependem, qual a sua especial situação relativamente ao resto dos cidadãos, etc.. Seguidamente, devem ser explicadas as regras para a manutenção de um estado que se pretende democrático. Certamente, existirão constituições menos dúbias que a nossa em aspectos fundamentais no regular funcionamento de países democráticos.
Apesar de serem passíveis a aplicação de algumas originalidades, no âmbito da vivência democrática, que acabam por dar sentido ao seu desenvolvimento como processo e sistema politico, haverá sempre lugar à execução de algumas práticas provenientes de exemplos já testados em lugares, sem dúvida, mais desenvolvidos, democraticamente, e com mais tempo de vida dessa apetecida vivência.
É sabido que todas as questões que relevam da relação entre Governos e instituições militares, especialmente aquelas que dizem respeito às condições de manutenção, proventos e privilégios dessas instituições, devem ser tratadas com um sentido de estado efectivo pelas duas partes. Essa relação, para bem de todos os cidadãos, da sua paz e da sua segurança, jamais deverá descer à praça pública, e deverá, do mesmo modo, estar salvaguardada pelo carácter especial que define a ligação entre as partes acima referidas.
Ou seja, quando a rua sobrevém numa relação entre estas entidades, estamos (a população, os cidadãos), seriamente ameaçados.
Se vivêssemos num estado ditatorial, estaríamos em presença de uma divisão perigosa que poderia (porque não?) levar até a um hipotético estado revolucionário; no caso actual, pensamos que este pretenso confronto – em virtude do nosso estado democrático e da nossa posição como elemento de direito da UE – prefigura uma anomalia, uma doença estranha e perigosa no tecido militar, braço natural do nosso estado democrático.
O que se tem passado com a tal Associação que provoca, convoca o povo de Lisboa, fala em passeio desarmado, controla os fóruns de rádio, insulta o Governo chamando-lhe de prática fascista (se lá estivesse a oposição o léxico não derivaria), etc., é um insulto ao bom senso dos contribuintes e ao pretenso desenvolvimento da democracia portuguesa.
A democracia tem contornos processuais que limitam, felizmente, a tendência que cidadãos menos precavidos têm para reagir impulsivamente a situações que lhes são, por vezes, e como acontece com outros sectores da vida publica e privada, desfavoráveis.
Que se cumpram as regras democráticas e que se enviem os nossos militares para os quartéis – já -, porque a brincadeira está, na minha opinião de cidadão, a ir longe demais.
Será talvez desnecessário referir-me ao papel hipócrita que o PCP tem demonstrado nesta fase de descontrolo mediático, acirrando os ânimos quando deveria ter decoro pelas regras que também são as suas, porque faz parte deste estado e deste país.
Outra coisa: os tempos mudam, e com o tempo tudo muda. Se por um acaso próprio da história das gentes, os militares e as suas associações não percebem que os seus problemas devem ser resolvidos nos locais apropriados, segundo a norma que lhes é própria, então, nós, portugueses do século XXI, estaremos a passar a ideia aos parceiros actuais europeus e ao mundo em geral que acabámos de inaugurar a vida de um país no reino do absurdo.
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