José Manuel Fernandes escreve no Público, edição do dia 21 de Setembro do corrente ano, um artigo que termina deste modo:
"Portugal chegou onde chegou porque teve os líderes que teve. Não apenas os dos últimos anos, mas os das últimas décadas. E também por causa dos partidos que tem. O meu pessimismo (...) deriva sim dos que nos enganaram e enganam, vendendo eternas ilusões. Isto ainda acaba bem pior do que já está."
O artigo é contundente. E é um artigo que põe em causa para além dos actores apontados o próprio sistema político. Falar da qualidade dos partidos que temos em Portugal numa perspectiva negativa a este ponto é perigoso, embora não mais do que o pouco abonatório trabalho que por estes foi produzido ao longo dos últimos anos do século XX e primeiros anos do corrente. E é mais uma amostra da 'revisão da matéria dada', até hoje.
O certo é que por muitos factores que a favor do tempo e da história têm dado o tom aos desenvolvimentos políticos e económicos no chamado mundo ocidental uma coisa é certa: Portugal, mais uma vez, navegou 'à vista' perante um eleitorado crédulo nas prometidas soluções de quem o governou. Também é certo que se inicia no tempo presente uma nova fase talhada na falta de confiança nos partidos e nas invisíveis possibilidades de recuperação económica, política e moral do país.
O que estamos a principiar a viver hoje em Portugal é uma situação no mínimo muito grave. As consequências ainda se encontram tapadas pelo movimento das imagens que os meios vão sucessivamente passando num corrupio efervescente de cor e ao ritmo de uma animação surrealista que embriaga tudo e todos, a caminho de uma ressaca que se espera não acabe com a vida dos desafortunados ébrios, que nós somos.
"Portugal chegou onde chegou porque teve os líderes que teve. Não apenas os dos últimos anos, mas os das últimas décadas. E também por causa dos partidos que tem. O meu pessimismo (...) deriva sim dos que nos enganaram e enganam, vendendo eternas ilusões. Isto ainda acaba bem pior do que já está."
O artigo é contundente. E é um artigo que põe em causa para além dos actores apontados o próprio sistema político. Falar da qualidade dos partidos que temos em Portugal numa perspectiva negativa a este ponto é perigoso, embora não mais do que o pouco abonatório trabalho que por estes foi produzido ao longo dos últimos anos do século XX e primeiros anos do corrente. E é mais uma amostra da 'revisão da matéria dada', até hoje.
O certo é que por muitos factores que a favor do tempo e da história têm dado o tom aos desenvolvimentos políticos e económicos no chamado mundo ocidental uma coisa é certa: Portugal, mais uma vez, navegou 'à vista' perante um eleitorado crédulo nas prometidas soluções de quem o governou. Também é certo que se inicia no tempo presente uma nova fase talhada na falta de confiança nos partidos e nas invisíveis possibilidades de recuperação económica, política e moral do país.
O que estamos a principiar a viver hoje em Portugal é uma situação no mínimo muito grave. As consequências ainda se encontram tapadas pelo movimento das imagens que os meios vão sucessivamente passando num corrupio efervescente de cor e ao ritmo de uma animação surrealista que embriaga tudo e todos, a caminho de uma ressaca que se espera não acabe com a vida dos desafortunados ébrios, que nós somos.
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