quinta-feira, agosto 25, 2005

O fim de um bom negócio?

Agora que foi anunciada a introdução dos - finalmente - 'meios aéreos nacionais', presume-se que em 2006, há quem diga que o grande negócio do ar com os incêndios em Portugal vai ter o seu epílogo.

As populações portuguesas moradoras em zona de risco poderão, enfim, descansar e voltar a afrontar os níveis incendiários considerados normais, aqueles que são produzidos pela meia dúzia de pirómanos nacionais e a típica falta de cuidados na conservação e prevenção.

Fiquei a saber hoje através das palavras de um senhor secretário de estado que somos o único país do Sul da Europa que não tem uma frota aérea especial para combate aos incêndios.

Imaginem a cara dos responsáveis europeus para os quais os incêndios são, num plano não-criminoso, matéria com que não se preocupam excessivamente, por terem a funcionar os meios e a prevenção o ano inteiro, quando tiveram conhecimento de uma proposta do senhor Costa relativamente à construção de um avião europeu de dimensões imponentes, para combate dos incêndios na Europa.
Por acaso esta proposta chega de Portugal, um território que é, no momento presente, uma nódoa negra de tão queimado, e no qual os incêndios, nos próximos tempos, vão, (esperamos!) felizmente, passar a ser uma raridade!

Pode ser que a criatividade portuguesa produza outros negócios, talvez, não tão rentáveis!!

Quanto aos responsáveis - nem uma palavra!
Quanto ao mal que vem do passado próximo, o que não foi feito e deveria ter sido através de actores políticos de boa saúde, presentes e ausentes nesta fase de crise - sejam eles quem forem - nada!

"Esquece quem és, esquece o passado e não serás nada!




2 comentários:

Menina Marota disse...

Cuidado!
Que "males" nos estarão reservados? Será que eles acabam assim com os "negócios sujos" de uma só vez?
Não me parece...

Anónimo disse...

...e os Canadair são tão versáteis que alguns países os usam para vigilância costeira e da área económica exclusiva.
Afinal bem mais úteis do que ter submarinos ao pé do Portas.
(queria dizer ao pé da porta, mas...)
não nos esqueçamos que "quando alguém come...estamos todos a ser comidos".

Domus Templi