Eu até gosto, mas longe da romaria comercial e de todos os locais onde possa vir a cruzar-me com bandos vidrados que, coitados, parecem não saber muito bem o que fazem ali. No entanto safei-me, a coisa até correu bem. Dos espanhóis importei a ideia das prendas no dia dos Reis (mais coisa menos coisa). Em geral, a malta faliu toda até ao dia 25 de Dezembro e os que resistiram a essa ruptura financeira não passam de dia 31. A partir de 1 de Janeiro é uma altura fantástica para se comprar as prendas em falta. Toda a gente está calma, as lojas estão vazias e a única fila que se corre o risco de apanhar numa caixa, é formada por todos os que vão a correr trocar as prendas que não lhes interessa. Os vendedores e empregados em geral estão calmos e bem dispostos. Primeiro porque já festejaram tudo o que havia para festejar até ao Carnaval. Segundo, já descomprimiram do stress sofrido nos dias anteriores com duas ou três bebedeiras que resolveram o assunto. Depois, dada a improbabilidade de alguém se pôr a fazer compras nos primeiros dias do novo ano, quem o faz é sempre muito bem atendido. Enfim, mas isto é a minha perspectiva pessimista do Natal (ou melhor, daquilo que o colectivo faz ao Natal). Posso muito bem estar errado no meu pessimismo. Talvez haja quem goste da confusão.
DAS ALTURAS SEMPRE OS PÁSSAROS CONCLUIRAM UMA VISÃO QUASE DRAMÁTICA PARA O QUE SUPOSTAMENTE PARECE SER O PARAÍSO; E A MENTE, QUE SOFREGAMENTE MENTE, CONTINUARÁ A DEIXAR O RASTO DA INEXISTÊNCIA DAS RESPOSTAS QUE NOS ILUDEM O SONHO. POR ISSO... SÓ NOS RESTA VOAR!
sexta-feira, dezembro 30, 2005
Natal Pobrezinho!
Eu até gosto, mas longe da romaria comercial e de todos os locais onde possa vir a cruzar-me com bandos vidrados que, coitados, parecem não saber muito bem o que fazem ali. No entanto safei-me, a coisa até correu bem. Dos espanhóis importei a ideia das prendas no dia dos Reis (mais coisa menos coisa). Em geral, a malta faliu toda até ao dia 25 de Dezembro e os que resistiram a essa ruptura financeira não passam de dia 31. A partir de 1 de Janeiro é uma altura fantástica para se comprar as prendas em falta. Toda a gente está calma, as lojas estão vazias e a única fila que se corre o risco de apanhar numa caixa, é formada por todos os que vão a correr trocar as prendas que não lhes interessa. Os vendedores e empregados em geral estão calmos e bem dispostos. Primeiro porque já festejaram tudo o que havia para festejar até ao Carnaval. Segundo, já descomprimiram do stress sofrido nos dias anteriores com duas ou três bebedeiras que resolveram o assunto. Depois, dada a improbabilidade de alguém se pôr a fazer compras nos primeiros dias do novo ano, quem o faz é sempre muito bem atendido. Enfim, mas isto é a minha perspectiva pessimista do Natal (ou melhor, daquilo que o colectivo faz ao Natal). Posso muito bem estar errado no meu pessimismo. Talvez haja quem goste da confusão.
quinta-feira, dezembro 29, 2005
sábado, dezembro 24, 2005
CNE
terça-feira, dezembro 20, 2005
Raios!
Depois do tal debate, o desta noite, pensei ter visto raios e muitas faíscas que pareciam sair do íntimo de Mário Soares. E cheguei mesmo a pensar que isso só poderia ter acontecido por ele se ter arrependido - por um momento que fosse - de se ter metido nesta corrida à presidência.
Se o que me pareceu ver foi, ou for, verdadeiro, é pena, porque o 'velho combatente', agora sem inimigo real à vista, não necessitava de se ter sujeitado a tamanha punição perante um povo, a que ele chamou quase seu, pela invenção do regime que, do mesmo modo, pensa ter assinado, por baixo, a sua autoria!
O tempo é, na verdade, algo a que nós não temos acesso, e isso, por vezes,... magoa.
Pensam que me refiro à idade? Não, de forma nenhuma.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Muito para lá de Deus há um país
Onde o luar é duma outra cor.
Adivinham-se as rosas, não dão flor.
E as árvores estão poisadas, sem raiz.
Ei-lo, passa ao Sol-posto na alameda
Evoca e fica quedo erguendo os braços.
Prende nos dedos longos dedos lassos,
Os dedos do Mais Longe que se enreda.
Salas nos modos. O Passado extenso.
N alma há um jardim quase suspenso
Onde não desde Sombra. Ânsia absorta.
Portas nas atitudes que adormece.
Uma das portas não abriu. Esquece.
Meu Deus, o que estará para além da porta?
ALFREDO GUISADO, in «Mais Alto»
Critério editorial?
Existem maneiras de se tratar de um assunto. Várias, felizmente. Depois de ter percorrido as páginas principais que davam entrada à referida edição, fiquei com a sensação de que havia lido um artigo de propaganda de muita eficaz feitura.
Os responsáveis de tais organismos devem nesta altura estar deveras agradecidos a um jornal com pergaminhos, como é o DN, porque foi, decerto, de uma grande ajuda, para os seus sinistros e anti-constitucionais propósitos, todo a labéu que esteve exposto nas páginas do reconhecido matutino.
sábado, dezembro 17, 2005
O Pessoa
excerto de uma carta de Fernando Pessoa a Cortes Rodrigues
FORÇA BRUTA!
Difícil de definir, é como os próprios anunciam no seu site:
Fuerzabruta não é o teatro do futuro nem a obra que se repete uma e outra vez. Fuerzabruta é agora. Não inventa nada. Não serve para nada. É. Fuerzabruta é hoje.
Em suma: BRUTAL, ÚNICO, SENSORIAL!
A não perder, às 23:00h na Toyota Box, nas Docas de Alcântara. Só até amanhã, Domingo!
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Em choque!
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Assassínio nos States
terça-feira, dezembro 13, 2005
E a culpa é...
Penso que o lamento é extensivo ao país porque é o dito país que vai sofrendo com essa falta. Agora, a questão: e isso não se deu por...?
Está claro que nunca se poderá apontar uma só razão para tão 'infeliz fenómeno', mas, isso não se deu por...?
Lá estou eu com a pressa de ir buscar responsáveis! Como se o regime, luvre e aberto como é, para nosso bem, fosse compatível com responsabilidade! Sou... um chato!
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Público vs Privado
Passado o interlúdio músical, vamos ao que interessa:
1) Já leste o "Bilhete de Identidade", JPH? Por duas vezes, referiste que não. É bom escrever sobre o que conhecemos.
2) Se apenas leste as partes picantes - que ocuparão não mais do que uma página de um livro com mais de 354 pág. - à mesa do Snob enquanto esperavas pelo início da segunda parte do debate entre o Cavaco e o Alegre, estás a ser um autêntico voyeur literário, caíndo em absoluta e total contradição.
3) Sobre o livro já expressei a minha opinião aqui. Recomendo-o vivamente.
As questões intímas reveladas pela autora, não me merecem nenhuma censura e até as considero a parte menos interessante da obra. Não percebo, no entanto, como é possível escrever uma auto-biografia sem revelar aspectos da sua vida intíma, embora admita que a autora podia ter omitido os nomes das pessoas com quem teve relações. Legitimamente, porque só a ela compete tomar essa decisão, não o fez. Resolveu ser transparente.
4) A esquerda republicana e laica portuguesa sempre foi tão moralista como muita direita salazarista e clerical que adora criticar. Por muitas obras de Marx, de Hengels, de Lenine, de Trotsky ou de Gramsci que leiam para limpar as suas almas do ópio da religião e limar os defeitos próprios dos seres humanos, continuarão a ser mesquinhos, invejosos, cobardes, machistas, racistas e, para grande pena da f., homofóbicos.
Basta ver, como exemplo, a forma como os grandes partidos da esquerda portuguesa tratam as mulheres. No PCP, a mulher sempre foi tratada como um apêndice, como uma muleta, como a companheira dos camaradas que lutam pelos amanhãs que cantam. No PS, não me recordo de uma única mulher que tenha tido um papel importante no partido, com a excepção de Maria Barroso. O Bloco - e não é preciso dizer mais nada - tem a Ana Drago e a Joana Amaral Dias.
Apesar da fantástica e genial adaptação das quotas, a mentalidade ainda é a mesma.
5) Um dos maiores exemplos históricos do moralismo e da hipocrisia da esquerda portuguesa sobre a esfera pública vs esfera privada foi recordado, mais uma vez, na semana passada. Em 79/80, o PS de Mário Soares e Maria Barroso autorizou que um tempo de antena socialista criticasse a relação entre Sá Carneiro e Snu Abecassis quando o líder do PSD ainda não estava divorciado da sua primeira mulher. Eis um bom exemplo de mesquinhez de pequena-burguesia que não foi eliminado pelas bondades angelicais do socialismo.
6) Alguma esquerda moralista gosta mais de esconder do que assumir, criticando quem é transparente. A isto chama-se hipocrisia.
Histerismos
Eu só gostava de saber a opinião da f. sobre o "Bilhete de Identidade" e, já agora, sobre a tua sentença - repito - moralista. Será que a f. tem o mesmo ponto de vista que o JPH?
(E, atenção meninos e meninas, que a minha curiosidade tem só a ver com as opiniões da bloguer f. - por quem eu tenho respeito e consideração - sobre os chamados temas fracturantes).
Daqui a pouco vais ter que responder a outra questão - essa sim, mais trabalhada e elaborada.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Um elogio
Filomena Mónica teve coragem para escrever um livro que muitos - a começar pelos protagonistas da sua história - não queriam. Sendo uma mulher emancipada - ao contrário de muitas portuguesas - assumiu descomplexadamente a sua vida intíma, suscitando censura até nos esquerdistas bem pensantes - aqueles que defendem, entre outras grandes causas, a educação sexual e a distribuiçao dos preservativos nas escolas.
De facto, o livro vale não só pela qualidade da escrita, como também pelo retrato polaroid que Filomena Mónica faz do Portugal do Estado Novo com os olhos de uma rapariga/muulher da burguesia lisboeta. Vale também pela descrição de parte da elite sócio-económica do Estado Novo e dos chamados católicos progressistas, além de permitir conhecer um pouco melhor alguns intelectuais que, através da comunicação social, vieram ganhar importância no pós-25 de Abril como Pulido Valente, António Pedro Vasconcelos, César Monteiro, etc. Mas, essencialmente, vale a pena porque descreve parte da vida de uma mulher que quis ir mais além do que a sua família - e o Estado Novo - planeara para ela. Vale a pena, enfim, por descreve a luta de uma mulher pela sua empancipação.
Estranho, aliás, que o feminismo histérico residente no Glória Fácil ainda não tenha dado sinais de vida. Será que é pelo facto de, nesta história, não existir nenhuma bandeira de arco íris?
domingo, dezembro 04, 2005
sexta-feira, dezembro 02, 2005
Será?
Não será que essa é apenas uma aparência? Que PS é este? Estará definido ou para lá vai caminhando? Quantas vítimas contabiliza?
Não será este um plano estrategicamente delineado pelo homem do topo, desde a sua campanha para assegurar a direcção do PS?
Existe algum engano da parte do timoneiro no lançamento dos dois candidatos socialistas?
Onde vê o Paulo Gorjão o desnorteamento?
É um filme complicado? Sem dúvida! Mas não mais complicado que qualquer outro, seja qual for.
E isto não passa de um devaneio. No fundo, estarei a pensar alto e acima das nuvens (não vão elas muito baixas)! Contudo, é apenas um devaneio e nada mais que isso.
Claro que, mesmo assim, é preciso contar com Soares! Anda por cá há mais tempo e não deverá ser considerado, à partida, um derrotado resignado - em qualquer dos quadros, o nacional e o partidário.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Mal contada!
Estradas, Carros & CIA. – III
Uma das maiores anomalias intrínsecas ao lusitano é o instinto de imediata auto-desresponsabilização quando confrontado com qualquer espécie de acusação ou problema derivado do seu próprio desempenho. A culpa é sempre de outro que não o mesmo.
No caso das estradas nacionais e da sinistralidade ocorrida nas mesmas, observa-se isso mesmo. Os condutores são bárbaros e portanto a culpa é deles. Deixá-los morrer. Mas se não morrerem, ao menos que paguem e paguem bem por aqueles que morrem. Esta filosofia da culpa encontrada, facilita de sobremaneira a vida a quem devia ocupar-se destes temas. Estudos sociológicos e comportamentais e formas de intervir na mentalidade do condutor português, criando dessa forma a arma mais eficaz para combater o acidente, a prevenção. Tudo isto parece um conto de fadas e algo que nunca passou na cabeça de ninguém que nos tenha governado desde… Que eu me lembro!
E porquê? Porque é que uma intervenção de fundo deste género tem de soar a um sonho? O tipo de coisa que no nosso imaginário só acontece “lá fora”, no estrangeiro? Porque é que salvar vidas nas estradas de um país não é encarado pelos seus governantes com a mesma convicção, seriedade e sensatez que usa um médico para salvá-las num hospital? Será algo impossível de alcançar neste país? Porquê? Porque dá muito trabalho? Porque o prazo até à visível eficácia dessa mesma intervenção supera os quatro anos? Porque ia custar muito dinheiro? E mesmo sendo um centésimo do que custa a OTA, não se pode andar p’rai a esbanjar? Não sei. Talvez uma de cada.
Mas eles até fazem coisas, encontram soluções… As soluções deles é que não me parecem propriamente pensadas para resolver o problema. Parecem-me antes belas fórmulas de gabinete para encher os cofrinhos do estado. O mais estranho é que ninguém parece perceber isto e ninguém, com poder para tal, se manifesta publicamente, alertando à necessidade de direccionar as medidas tomadas a favor da real preservação da vida das pessoas e não contra fatias consideráveis dos seus rendimentos. Exemplo:
Ao fim de seis meses da entrada em vigor do actual Código da Estrada, o panorama era este:
O anti-bárbaro António Costa anunciava com satisfação que o cálculo encontrado pelo MAI apontava para uma média de menos um morto por semana. Facto que A. C. associa directamente ao respeito dos condutores pelo novo diploma e isto é importante.
O panorama positivo é reforçado pela DGV, segundo a qual se registaram, desde a entrada em vigor no novo CE (a 26 de Março) até 26 de Setembro, 545 mortes nas estradas, o que representa uma diminuição de 43 mortos relativamente ao mesmo período em 2004. Parece-me bem, até diria que afinal a coisa até funciona. Mas… Será que funciona?
Depende do ponto de vista! Se recuarmos um pouco no tempo, ao período entre Janeiro e Março de 2005 (em que já era do conhecimento geral que em breve daria entrada em vigor um novo CE bem mais “apertado”) por exemplo. Neste período verifica-se um aumento de sinistralidade mortal de 6,6% e isto torna-se mais grave quando constatamos que o número total de mortos desde o início do ano até 26 de Setembro é de 804.
Acho que os bárbaros não vão deixar de ser bárbaros enquanto alguém não se preocupar com as suas vidas em vez das suas carteiras.
segunda-feira, novembro 28, 2005
Portugal e a Informática no seu melhor
Todos os serviços dependentes do funcionamento destes locais de 'legalização' estão parados. Os utentes estão com os nervos em estado de sítio.
Questões legítimas: de quem é a responsabilidade pela má escolha do sistema? De quem é a responsabilidade pela falta de critério acerca da capacidade e poder de resposta do sistema?
Mais uma vez, o tal país que se quer desenvolvido vai deixar cair o assunto sem que alguém assuma o ónus da culpa.
Porém, acreditem que o negócio deve ter sido simpático para os seus protagonistas! Só me apraz escrever: "Fartai, vilanagem!".
sexta-feira, novembro 25, 2005
O Horizonte de Soares, no Público
Manuel Carvalho
quinta-feira, novembro 24, 2005
The Boss falou...
Os pactos de regime - fundamental. Um grande debate é preciso, para se chegar a uma solução que passe pela renovação de poderes presidenciais; de outra forma o país não vai sobreviver, diz ele!
Apenas um pormenor: esta conversa e o respectivo 'mãos à obra' têm pelo menos 20 anos de atraso - se quisermos condescender com o que foi a 'festa' dos primeiros anos de democracia em Portugal, com evidentes responsabilidades para todos os quadrantes.
Não me parece que vamos a tempo de 'relevâncias', mas como vivemos em 'terra de milagres'!...
Fingindo...
É evidente que as elites e o mundo político querem saber cada vez menos da fractura social. Preferem fingir que não existe.
Wolfgang Storz, Frankfurter Rundschau, Frankfurt
quarta-feira, novembro 23, 2005
A mais fraca
A equipa do SLB - fabuloso clube que consegue levar perto de 50.000 pessoas ao estádio de França - não tem classe para esta competição; só lá foi porque o resto das equipas portuguesas não têm por onde se lhes pegue. Uma lástima!
O Man United vem fazer a festa ao Colombo! Inevitável.
Ah!, o FCP, outra lástima. Se não fosse o Scolari estávamos perdidos para o futebol!
terça-feira, novembro 22, 2005
Segurança na estrada contra TV
Ao mesmo tempo, e olhando para o monitor de TV, verifico que está a passar um programa de nome TV Turbo, na SIC Notícias.
O 'pivot' conduz um Saab, equipado com tudo, e as imagens mostram o carro em andamento poderoso, passeando todas as suas potencialidades, numa estrada de dois sentidos.
Aproxima-se uma curva. A voz-off do condutor continua a descrição inerente ás qualidades da máquina, de como é bom conduzir o 'lindo' e tirar partido das suas capacidades nas mais variadas situações, quando, de súbito, a imagem 'assassina: o carro aproxima-se da curva, não na sua faixa de rodagem, na legítima, na legal, mas - e creiam na minha estupefacção - na faixa da esquerda em direcção à dita curva! Como se estivesse numa pista!, mas não estava, não era essa a imagem. De vez em quando o carro cruza-se com outros, portanto encontra-se numa estrada normal, aberta ao trânsito.
Palavras para quê? Foi você, Estado, que falou em Prevenção?
Não quero adiantar mais nada, calo-me, e qualquer palavra só irá servir para me sentir mais agoniado, no reino dos dislates e das irresponsabilidades.
E se, por exemplo, fores um cretino nascido fora dos centros onde tudo se decide, se não frequentaste os cursos elitistas que os dirigentes do teu país te ofereceram, se não fazes parte dos pensadores e dos teóricos da democracia portuguesa, estás lixado: não percebes que as imagens não querem mesmo dizer o que tu chegaste a pensar que queriam dizer, agarras no teu carreco, fazes um passe de mágica e imaginas que conduzes como o 'deus condutor da TV', imíta-lo naquela curva onde já te arriscaste algumas vezes e... truz!, bateste ou bateram-te.
E pronto, passas a ser um número como na notícia da SIC Online "este ano morreram blá, blá, blá.... ", e ninguém ficou a saber quem eras! Bingo.
segunda-feira, novembro 21, 2005
O futuro não é garantia de competência
A vanguarda viu as coisas diferentemente: estava possuída pela ambição de estar em harmonia com o futuro. Os artistas de vanguarda criaram obras, corajosas é verdade, difíceis, provocatórias, apupadas, mas criaram-nas com a certeza de que o «espírito do tempo» estava com eles e que, amanhã, lhes daria razão.
Outrora, também eu considerei o futuro como único juiz competente das nossas obras e dos nossos actos. Foi mais tarde que compreendi que o flirt com o futuro é o pior dos conformismos, a cobarde lisonja do mais forte. Porque o futuro é sempre mais forte que o presente. É ele, de facto, que nos julgará. E certamente sem qualquer competência.
Milan Kundera, 'A Arte do Romance' Citador
sábado, novembro 19, 2005
A Dança
Só pode ser por castigo, não?
E já alguma vez foi feita uma estatística no sentido de se perceber se os que mais dançam têm usufruido de melhores resultados?
Foi por ser um dançarino exímio que Santana Lopes chegou a governar Portugal sem se prestar a uma prova de dança?
Será pela falta de sentido rítmico, condição inerente á 'portugalidade', que o país tem andado á deriva nos ensaios do 'ansiado concerto europeu'?
Não era melhor ofertar uma boa quantidade de adufes aos serviços da Presidência da República, no sentido de poderem servir de banda sonora ao futuro presidente sempre que necessitar do apoio da população, nas situações complicadas que se avizinham no futuro próximo?
sexta-feira, novembro 18, 2005
Borraram a pintura!
Ai, ai, o que pensará o seu 1ª ministro?
quinta-feira, novembro 17, 2005
terça-feira, novembro 15, 2005
O orgulho de ser português!
"Reconquistar o orgulho de ser português"
É no mínimo estranho ver esta inscrição numa campanha de Soares. Se não visse não acreditava; pensaria sempre que onde se lê português se devesse ler europeu!
No entanto, e independentemente da surpresa (relativa e agora sem ponta de ironia), penso, também, que é mais do que urgente repensar a questão do 'ser português', porque tenho a convicção de que os modelos aplicados na construção da casa portuguesa têm sido copiados de outros, inadequados ao nosso conteúdo cromossómico, e que, decididamente, não nos servem porque ignoram a nossa natureza.
Seria, nesta altura, uma discussão muito interessante, e poderíamos levantar algumas questões que primam pela falta de 'correcção' política, correcção essa que nos tem sido impigida em litradas descomunais de informação alinhada, nos mais variados canais instituídos, sejam eles públicos, sejam eles privados.
Esta questão não pertence a Mário Soares, nem a ninguém, em especial. Pertence-nos, pura e simplesmente; é de todos.
Mas não se deve confundir o rabo e as calças, nem se pode exigir que, pelos exemplos oferecidos, até hoje, por quem de direito, aos menos aptos, e são milhares em Portugal, essa maioria possa apresentar-se, hoje, adulta, amadurecida, apresentando os níveis de consciência que seria suposto mostrar, de respeito por si, pelo próximo e, consequentemente, pelo seu 'estado'. Essa luta foi perdida e não há que inventar, dizendo ser esse o preço da democracia - é mentira. Infelizmente, o sistema, através dos seus condutores não conseguiu resolver o que poderia ter sido, ao menos, tentado!
Como dizia Teixeira de Pascoaes, afastado da lide do politicamente correcto, tanto no seu tempo como agora: - livrai-nos, senhor, dos que confundem as pernas e os braços com a cabeça!
Pode ser que ainda tenhamos tempo para aprofundar essa discussão sem assistirmos ao final sem glória de uma ideia concreta chamada Portugal.
sábado, novembro 12, 2005
Monica Bedi
A extradição foi autorizada, na presunção de que Abu Salem e Mónica Bedi sejam condenados à morte ou a prisão perpétua.
A questão que coloco é: foi mesmo nesta presunção que a extradição foi autorizada? De certeza?
quarta-feira, novembro 09, 2005
A ilusão
Antes do anúncio formal da sua candidatura, jornalistas e opinion-makers sentiam imensas saudades do “rigor e da prosperidade económica” que Cavaco promoveu. Os sucessores António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes eram e continuam a ser arrasados por comparação directa com Cavaco.
Mas, constato agora, todos estavam iludidos. Não sei com que fundamento, tinham a esperança de que Cavaco Silva tivesse mudado. Tinham a ilusão de que o Cavaco de 2005 seria simpático, ágil, com piada fácil na ponta da língua, adepto do diálogo e, principalmente, muito bem acompanhado. Pensavam que a Maria já não teria grande influência – mas, em compensação, teria ganho um guarda-roupa de “mulher do Presidente” –, que o Fernando Lima desapareceria do mapa, que o homem do dinheiro não se chamasse “Zeferino” ou “Manuel Joaquim”…
Enfim, todos tinham a vã esperança de que Aníbal Cavaco Silva não fosse Aníbal Cavaco Silva.
Meus caros: nenhum homem de 60 anos muda de pensamento, de personalidade, de amigos e de mulher.
É de Cavaco que Portugal precisa no Palácio de Belém? Ainda não cheguei a nenhuma conclusão.
terça-feira, novembro 08, 2005
Investigação séria!
E saber o porquê do aumento desta terrível anomalia que um dia poderá levar à extinção de portugueses com braços e pernas e a transformá-los em lixo com olhos e pedigree, os chamados detritos pasmados, é urgente.
Está generalizada a distribuição da maleita: sectores público e privado.
Se a isto juntarmos a malandrice, a quadrilhice barata, a esperteza típica do 'tuga', o resultado é assustador. Ler a notícia.
segunda-feira, novembro 07, 2005
? ! ?
Na 'terra da revolução' e 'nas outras terras de outras revoluções', a pergunta é:
como explicar este fenómeno?
Multiplicam-se as hipóteses, e as absurdas!
O que perspectiva este cenário?
Não ouvi! Pode repetir? Não... não consigo entender! ou 'Sim, percebo,... não preciso que me diga mais!'
E que notícia é esta?
domingo, novembro 06, 2005
sábado, novembro 05, 2005
Estruturalmente assassino!
O que quero dizer é que, independentemente de isso poder acontecer 'por acidente', o facto é que essa violência diária faz parte de um quadro de normalidade no nosso país.
O mais infame assassino é aquele que mata quem não se pode defender e, ainda por cima, foge.
Já ouvi dizer que um país com tantos problemas, com o número de desempregados a subir, com estados básicos de subdesenvolvimento na educação, na justiça e na cultura - porque a saúde é disso resultado - não se pode preocupar com os 'animaizinhos' que por aí vagueiam ao sabor das circunstâncias.
Não é verdade. E não é verdade porque o assunto deve ser posto ao contrário: só um povo cujo respeito pela vida e a defesa das condições de manutenção dos indefesos é primordial pode ser autónomo e capaz para poder fazer face, com sucesso, aos seus problemas políticos e organizacionais.
Assim, concluo, ao abrigo dos meus direitos democráticos, que o povo português, no qual me incluo, comporta-se como um vulgar assassino à solta, sem qualquer receio de castigo.
Quando conduzir, pense que não está sozinho e que existem criaturas que não têm culpa de ter nascido num mundo que, na verdade, não pertence a ninguém e que definitivamente não sabem ler nem possuem conhecimentos de trânsito.
E está nas mãos dos utentes exigirem, até para sua segurança rodoviária, a implementação de mecanismos que não permitam a circulação de outsiders nas estradas.
E,... por favor, não manche a estrada de sangue!
sexta-feira, novembro 04, 2005
Sinais!
Sul de Espanha, as fronteiras e o arame farpado, o exército e o 'tratamento' dos esfomeados. Agora... Paris, os de segunda, desempregados, os desintegrados, os interesses instalados, as lutas dos ditos, a fauna política caduca, 'primeiro nós' depois 'logo se vê', a ciência da Paz e da Guerra repleta de equações teóricas e os organismos em movimento, indiferentes às letras e números, cumprindo - e só - a natureza, no Wonderful World das Luzes. Sempre mais uma vez...
É a vida! como diz o apresentador do Gil.
O que se estará a passar com a inteligência da Europa e com a Europa inteligente?
quarta-feira, novembro 02, 2005
Azar?
A verdade às vezes dói e veio ao de cima; e até a reacção do público à atitude 'desportiva' de Simão vem configurar um problema de 'falta de cabeça' que também impera no país.
Mas, enfim, e como é próprio dos mais fracos - bateram-se bem!
Ficam na história do SLB como a primeira equipa a perder com um adversário espanhol!
Definitivo!
terça-feira, novembro 01, 2005
Lesões!
Ao mesmo tempo refere que a espontaneidade no seu programa tem uma relação próxima com as touradas!
Vital Moreira, pouco depois, aponta o descanso com que se pode dormir com Mário Soares!
Um dos oradores convidados afirma, extasiado, que, em Espanha, as cabeças pensantes possuem um plano para atacar os seus problemas mais prementes!
A gripe, seja ela qual for, está a chegar e em força.
domingo, outubro 30, 2005
Galinholas na cabeça!
Mas como se poderá chegar a esse desejado ponto, se os seus membros vagueiam sobre as secretárias manipulando interesses contraditórios, mantendo as suas cabeças prenhes de 'galinholas'?
quinta-feira, outubro 27, 2005
quarta-feira, outubro 26, 2005
A 'Passarada' deliberou favoravelmente!
segunda-feira, outubro 24, 2005
A desonestidade do futebol luso e os roubos 'europeus'!
Estas são situações que pertencem ao 'Portugal velho do 25 de Abril' e que tiveram o seu epílogo com a eleição de certas personagens do anedotário nacional para as presidências das Câmaras que, naturalmente, os merecem por inteiro!
E cada povo tem o que merece... até o futebol!
Agora e sobre 0s 'assaltos' praticados por essa Europa, 2 de compêndio:
2) A actuação miserável de um bandeirinha inglês que detesta Mourinho e o Chelsea.
A sua vingança foi activamente rasteira e constante durante toda a segunda parte do jogo de ontem com o Everton: levou um golo limpo do Chelsea para sua casa, onde o deverá ter deglutido, pacificamente, ao jantar!
domingo, outubro 23, 2005
Não se enxergam?
O exemplo de como as lutas intestinas dão sempre mau resultado sempre que se erguem os mais altos interesses, está à vista, e em força.
Começa a ser patético o discurso, tanto de um como do outro.
Já não bastava aos dois terem de se haver numa luta contra 'D. Sebastião', em pessoa, como ainda por cima o seu exército parece estar no estado em que ficou o do Sporting quando perdeu a Taça Uefa na época passada!
Partido da liberdade para aqui, partido da liberdade para ali, e eis que o critério abolicionista apregoado se vira contra os magos e os apaniguados desta história, não é?
sexta-feira, outubro 21, 2005
Eleiçoes SIC Notícias
Cavaco Silva foi eleito presidente da República Portuguesa ontem á noite, na SIC Notícias, durante a análise aos candidatos presentes a sufrágio, pelos comentadores presentes.
Da conversa saiu, também, como vencedor, assumido e feliz, Luís Delgado, depois de ter congregado e potenciado as vontades dos seus colegas mais ou menos à direita (ou à esquerda?, ou nem uma coisa nem outra, bem, não se percebeu muito bem, o que é irrelevante para o caso).
Os espectadores ficaram a saber que neste tipo de eleição é fundamental qualquer candidato apresentar-se com a capacidade física para cumprir, pelo menos, 2 (dois) mandatos, além de que convém garantir - à vista desarmada - a sua não-ligação, presente ou futura, a imprevistos ou a eventuais problemas de saúde, de modo a que evitem ser conduzidos compulsivamente a uma qualquer incapacidade prematura.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Uma notícia importante!
Com amigos destes!!
Com amigos destes não precisará certamente o ex-presidente do clube do lumiar dos inimigos que foi pacientemente criando no redil do conhecido felino nacional!
quarta-feira, outubro 19, 2005
terça-feira, outubro 18, 2005
A Idade só se Aplica às Pessoas Vulgares
Hermann Hesse
Citador
segunda-feira, outubro 17, 2005
Co sabia o que estava a dizer!
Quando o treinador do FCP disse, sem pestanejar, que não tinha visto os adeptos do clube com lenços brancos, estava certo.
Afinal, foram os adeptos do SLB que acenaram os lenços brancos!
Os adeptos do Porto-clube jamais se insurgiriam contra a escolha de Jorge Nuno Pinto da Costa!
'Um Papa nunca se engana mesmo quando se engana', e todos eles sabem disso.
Daí a conclusão fria e simples, como é apanágio dos seres de qualquer Norte: não houve adeptos do FCP com lenços na mão!
E assim!...
Ah!, o emblema foi colocado ao contrário em sinal de 'pesar', só isso.
domingo, outubro 16, 2005
Por falar em Pássaros…
Nem chapadas, pontapés ou cabeçadas nos demovem da postura real dessa águia que esvoaça sobre a plebe de leões presunçosos ou dragões viciosos. Lenços brancos, choradeiras (de raiva), mau perder, holandeses à disputa, jogador filho da puta… Nada, mas mesmo nada se compara à delícia que é mostrar ao mundo que estamos aqui, vivos e de boa saúde, prontos a limpar o sebo com fé e estilo a quem nos surgir pela frente!
quinta-feira, outubro 13, 2005
Teimosia!
Bem, conheço muita gente que passa pela vida a imaginar que tem um grande carácter e uma personalidade muito forte; "nunca me vergo", diz essa gente, "aconteça o que acontecer".
Na realidade, nunca me pareceu que uma asneira levada até ao final, em geral acompanhada de uma face de imutável voluntarismo, faça chuva faça vento, fosse uma grande ideia ou que viesse a dar resultado. A asneira, mesmo levada com a força da teimosia, continua a ser uma asneira.
Não quero, de forma nenhuma, dizer com isto que a candidatura de Francisco Louçã seja uma asneira! São cá pensamentos e têm mais a ver com teimosias.
300.000 ha
Comparem, por exemplo, com a Califórnia!
Tudo é maior, muito maior e com temperaturas mais elevadas, e vejam lá se não há aqui uma mãozinha... do Demónio!
quarta-feira, outubro 12, 2005
Independente à 'solta'
"Ainda iremos preferir dissidentes a independentes." - escreve.
Começo a sentir-me incomodado porque, obviamente, não tenho nem terei (à vista) condições para vir a ser um dissidente. Não pertenço sequer a qualquer família ou máquina partidária!
Então, que papel poderia vir a minha pessoa (ou alguém em condições idênticas) a revestir num hipotético futuro, mais ou menos próximo?
Como o susto a que o Professor se refere é dirigido na direcção de independentes ainda em fase de produção, façam o favor de terem cuidado comigo!
Aqui poderá já estar a morar um independente 'à solta'.
Pensando bem, Professor, não estará a colocar esta questão dos dissidentes e dos independentes numa moldura, talvez, reduzida?
Exemplo?
terça-feira, outubro 11, 2005
Uma 'tuguise' de um iluminado!
Pela primeira vez, de há muitos anos a esta parte, tem um seleccionador e uma equipa competente, tem um trabalho em clara subida de rendimento e... desestabiliza?
Típico...
O mel e o açúcar; o muro e os cúmplices
Antes, eram em número despojado de relevância, nos domínios da estatística.
Notícia aqui, notícia ali, passaram a ser uma constante no caudal noticioso dos países detentores do 'mel e açúcar'.
Faz tempo que procuram através do mar (com hipóteses mínimas) essa tal 'terra do mel e acúcar'; por terra, atiram-se e rasgam-se sem piedade de si e dos seus, na tentativa de encontrar um pouco desse tal 'mel e acúcar' que, por sinal, nós não queremos trocar - afinal - por nada.
Vamos lendo estas notícias com um ar de que 'não se passa nada', de 'pode ser que passe' ou 'pode ser que daqui por uns dias não se fale mais disso', bem, com um ar de incómodo, que é o único ar que o ser dito civilizado e coberto de 'mel e acúcar' pode expressar, mesmo quando o faz em si.
Mas, lá bem no fundo, vamos, diariamente, carregando na nossa consciência uma impressão chata, assim como um princípio de dor de dentes em estado de aviso à navegação, que nos diz, baixinho, que somos apenas cúmplices nesta questão de começarem a ser levantados muitos e altos muros, de labirínticas paredes electrificadas, no abandono a que são sujeitos nos países de origem ou tão longe deles que não lhes é possibilitado o seu regresso, apenas uma morte sem som, sempre no intuito de dificultar a chegada à meta dessa enorme massa de esfomeados... de mel e açúcar.
Milhares, muitos milhares, até se transformarem em milhões, muitos milhões, porque é de milhões que se está a tratar, e que, de uma forma ou de outra, irão penetrar, em vagas tremendas de gritos já muito doídos, nos terrenos dos nossos doces sonhos... de 'mel e açúcar'.
Nesse nosso e doce mundo de 'mel e açúcar' que todos os dias vamos saboreando cada vez mais devagar e com muito maior dificuldade... no engulir!
E então? E o nosso mel? E o nosso açúcar? Serão nossos?
Bem, parece que sim!
Pelo menos, foi o que nos foi dito...
segunda-feira, outubro 10, 2005
Subida de nível!
Por outro lado, e com estes resultados, os males do povo estão vingados!
Pode, por isso, e finalmente, o Primeiro governar à sua vontade!
Nada é como era: Pinto da Costa apostou no azul do Assis e... perdeu. O que está dar é a 'mouraria' do PIB sulista!
Irritante, irritante é ver estes novos 'monstrinhos de proveta, oriundos dos partidos' intitularem-se de 'independentes'!
E eu, sem nunca ter tido uma inscrição, o que sou? Um partidário dos independentes?
O Paraíso dos Homens!
CNN
Na foto podem ser observados os pequenos 'baby's' em plena actividade aquática; presumo que sem outra preocupação que não seja chegarem - não interessando em que lugar - ao primeiro bocado de terra firme!
Será que os organizadores do 'concurso' sabem que os porcos não sabem que estão em concurso?
sábado, outubro 08, 2005
A Dança do Fogo
O espectáculo 'A Dança do Fogo na Lusitânia', sinónimo de enormíssimo sucesso comercial, parece não querer parar a sua fantasmagórica digressão, em Portugal.
Contudo, os nomes dos génios responsáveis por argumento, produção, coreografia e direcção ainda não foram revelados publicamente.
Recorde-se que este tremendo espectáculo, que tem animado da pior maneira os mais verdes lugares de Portugal, deve manter-se em palco durante todo o resto do ano.
Os resultados altamente negativos, depois de uma carreira que já leva 5 anos de teatros queimados, faz com que os responsáveis não se atrevam a retirar o evento de cena.
Tem tanta qualidade e a tanta demonstração de arrojo se tem elevado, que, e dizem os especialistas, mesmo que as temperaturas das salas, onde irão decorrer as próximas apresentações, desçam até aos 10º C (uma possibilidade cada vez mais remota), será sempre possível arranjar condições para que o alto nível se mantenha, sem quebras.
Não tenha pressa na reserva do seu bilhete; tem transmissão garantida nos mais credíveis canais de rádio e TV - sempre perto de si!
quinta-feira, outubro 06, 2005
terça-feira, outubro 04, 2005
Os animais e o circo!
Está na hora de expulsar os 'pobres animais' das arenas e deixar a imaginação do homem actual voar em direcção a outros e mais adequados processos criativos e educacionais.
E porquê? Apenas porque é simples o processo racio-emocional a utilizar por um ser humano quando colocado perante o sofrimento "de todos os que denominámos os outros".
Sejam quem eles forem!
"Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento."
Charles Darwin
Nunca é demais...
João Carlos Espada, Expresso, Mar Aberto
segunda-feira, outubro 03, 2005
Temperaturas 'portuguesas'
Portugal está atravessar um princípio de Outubro com temperaturas na ordem dos 40º C, no Norte e Centro do país, e os portugueses não sabem!
O homem é um animal irracional!
2. Sendo assim, toda a vida social procede de irracionalismos vários, sendo absolutamente impossível (excepto no cérebro dos loucos e dos idiotas) a ideia de uma sociedade racionalmente organizada, ou justiceiramente organizada, ou, até, bem organizada.
3. A única coisa superior que o homem pode conseguir é um disfarce do instinto, ou seja o domínio do instinto por meio de instinto reputado superior. Esse instinto é o instinto estético. Toda a verdadeira política e toda a verdadeira vida social superior é uma simples questão de senso estético, ou de bom gosto.
Fernando Pessoa
domingo, outubro 02, 2005
sábado, outubro 01, 2005
Candidaturas: um enjôo!
Sim, claro, todos têm o direito de se candidatarem, são portugueses, o quadro legal pode ser cumprido, tudo em casa, certo? Sabemos tudo isso, mas... já não há paciência para a 'lata'?
Autarquicas, pa ta ti pa ta ta, bla bla, ... para aqui para acolá, e no meio disto tudo uma série de emproados de esquerda e de direita a jogarem trunfos para a próxima sem o mínimo decoro pelo que se vai jogar localmente. A ideia que passa é só uma: num país onde não há mais dinheiro para festas, o grande negócio passa a ser um: eleições.
Porque não umas eleições todos os meses? É só continuar o pedal, os treinos até estão a correr muito bem!
Enjoa, este país, e enjoa de tanto enojar.
Todos brincam e o fogo já vai alto!
sexta-feira, setembro 30, 2005
quinta-feira, setembro 29, 2005
Clubes portugueses e a Europa do futebol!
Portugal conseguiu atingir a III Divisão da Europa de Clubes ao fim de 40 a tal anos de saudáveis lutas desportivas.
Quando Mourinho ofereceu o último grande troféu ao futebol português de clubes, sabia que depois dele não sobraria mais nada. E na altura fê-lo com jogadores sem referência e a custo zero!
O rei vai agora mais nu!
Os excluídos da vida!
Nem as imagens aparecem; dizem que na altura em que se deu o crime as câmaras não funcionavam!
Fosse ele alguém de referência e tudo seria supostamente diferente.
As notícias que se vão referindo ao caso não terão hoje mais serventia do que uma rápida reza para uma urgente libertação de muita da nossa má consciência.
'Aconteceu, foi pena, mas a vida continua'! Não tem mais impacto que outra inócua notícia qualquer.
Como dizia aquele jornalista na TV, citado por José Gil no seu livro: "... é assim a vida!".
Curiosidades...
Você sabia que eu - Papa Amoras - me vou reformar com a terna idade de 49 anos? E com um bocadinho de sorte ainda vou arranjar outro emprego, que a vida está p'ró carote!
quarta-feira, setembro 28, 2005
Mais uma má notícia!
Entretanto, as campanhas eleitorais - muitas, imensas, caras, espectaculares (pelo lado triste e negativo) - vão-se desenrolando e, ao mesmo tempo, vão-nos mostrando um quadro no qual se vê uma tentativa desesperada de passar a imagem de que 'temos gente com ideias e determinação' para mudar o que está mal, em Portugal!
Simplesmente: patético!
terça-feira, setembro 27, 2005
Não perceberam!!!
O melhor V&V não chegou nem chega para o pior Manchester U. dos últimos 20 anos!
A cobardia paga-se caro na Champions!
O avião!
Imagine-se Portugal visto do ar.
Aconteceu que, hoje, ao ler esta notícia, fiquei deveras impressionado. Pensei, ás tantas, que havia sido composta apenas para enfeite do meu desconfiado imaginário.
Entretanto, belisquei-me, e, ainda sem querer acreditar na veracidade da impertinente dor causada pelo resultado desagradável da prova a que me submetera, resolvi tirar um cochilo, na intenção de desmentir o sucedido, o que sucederia no momento do regresso à vida real.
E sonhei! Sonhei com uma situação que teve o condão de me ter colocado, ao acordar, perante uma situação que considero bem mais aflitiva. O sonho surgia-me como a consequência tardia da incómoda notícia.
Ano de 2050. A cena tinha lugar no interior de um pequeno helicóptero, onde pai e filho reflectiam acerca da paisagem que iam observand0, de forma admirada e atenta.
Dizia-lhe o pai, com terna paciência :
"... vê, meu filho, estamos a sobrevoar Portugal, o nosso adorado país que, dando uma imagem de vitalidade e força numa altura em que a nossa Europa se desunhava para conseguir ultrapassar os males intestinais que a perseguiam vigorosamente, resolveu investir - sem medo - em... 'aeroportos".
E os aeroportos, às centenas, todos alinhados em intermináveis filas, desfilavam pelos seus olhares, tocados de um espanto cada vez maior!
"Muitos! Nasciam como batatas." continuou o pai, "Na ideia dos nossos passados benfeitores, tantos seriam eles, os aeroportos, que acabariam por obrigar o mundo, espantado e de olhos pregados em Portugal, a curvar-se diante do país e a conceder-lhe a importância desmesurada que ele sempre ansiou ter. Tornar-se ia, assim, um parceiro de peso, merecendo por isso o respeito dos demais." O miúdo, entretanto, olhava o pai com admiração e acentuada curiosidade!
"Meu filho, aproveitando o facto dos deuses dos ares haverem sido benéficos para com o território nos primeiros cinco anos do século XXI, amputando-o do verde vital através de ainda hoje inexplicados fogos que apareciam inesperadamente, de alto a baixo, esses nossos heróis governo-pensadores da altura, resolveram investir todo o pouco dinheiro que se encontrava no fundo dos bolsos mais bem guardados, em aeroportos, ideia terrivelmente inovadora, nessa altura de tantos perigos." Agora, o vigor do pai, orgulhoso da descendência de tão brilhante espécie de ideólogos, encontrava-se em crescendo e já a sua cara espelhava uma satisfação incontida, transbordante de uma inevitável vitória impossível de conter, mas não de contar.
"E foi assim, meu querido filhinho, que nós, os portugueses, os maiores construtores do mundo conhecido, soubemos resistir ao que na altura parecia ser uma situação perdida.
O dinheiro passou a entrar a jorros no país, as pessoas passaram a ser ricas e felizes, os outros europeus e cidadãos do mundo, ao perceberem que a única coisa que podiam cá fazer era aterrar de qualquer maneira e em qualquer posição, resolveram destruir todos os seus inúmeros e velhos aeroportos, passando, todos eles, a utilizar os abençoados aeroportos portugueses.
E desde aí - meu adorado filho - Portugal passou a ser conhecido em todo o mundo como... o avião!"
segunda-feira, setembro 26, 2005
domingo, setembro 25, 2005
sábado, setembro 24, 2005
Um Pedro especial...
Está na lei, está na lei! Cumpra-se.
Já Cavaco Silva se quedou estupefacto - só pode ter sido com a lei em vigor! - com o caso de Fátima Felgueiras, dizem as notícias de ontem.
Bem, estamos a entrar na próxima fase do desenvolvimento sustentado; chama-se a fase da 'estupefacção'!
E pensar que os nossos 'fazedores de opinião' têm sustentado nos últimos tempos a ideia de que Portugal é um país modelo, no que se refere a leis!
Só Mais Uma Noite Com ELLA!
Sem dúvida um espectáculo a não perder, coreografado e cenografado por Benvindo Fonseca e com a participação de todos os bailarinos da companhia: Isadora Ribeiro, Alessandra Cito, Ana Santos, Ângela Eckart, Débora Queiroz, Hugo Martins, Marcelo Magalhães e Nuno Gomes. Partidipam ainda o saxofonista Eddy Jam e a cantora Marta Platier. O desenho de luz é de Paulo Graça e os figurinos de José António Tenente.
Quem quiser passar a “Noite Com Ella” só tem hoje, Sábado às 21h00 para o fazer, no Teatro Camões, Parque das Nações. Os bilhetes variam entre os 5,00 e os 20,00 euros, por isso não há desculpas! Vale mesmo a pena ver.
quarta-feira, setembro 21, 2005
A Pior Série de TV do Mundo!
Quem escreve os diálogos do Sócrates, embora esteja longe de ser genial, apesar de tudo consegue um discurso mais “cheio” e vivo, mostrando nitidamente de que lado está o dinheiro. O Mendes por seu lado, dependia de um texto fraquinho, murcho, sem a força e a vitalidade que os opositores em qualquer série costumam ter. Fez-me lembrar um filme que detestei por isso mesmo, “O Gladiador”, em que de um lado temos um Russel agressivo, sanguinário, ex-militar, invencível e virtualmente imortal e como antagonista, aquela amostra de actor o Joaquim “Fonix”, um débil e efeminado imperador, cheio de maneirismos desinteressantes e sem cara para levar um par de estalos, muito menos do Russel, que desde os primeiros minutos de confronto é claramente o vencedor.
Ora se o mau não mete medo e o bom é infinitamente mais forte e superior (atenção, esta questão de "bom" e "mau" não se aplica directamente à série da AR, porque aliás, para mim são todos facções do mal. O interesse deste exemplo é apenas o desiquilibrio de forças entre antagonistas), qual é o interesse do filme? Pois foi exactamente isso que hoje senti a ver a tal série da AR. Aquilo cá para mim já não dura muito. Quem aguenta anos a fio ver uma data de gajos com gravata, num décor todo em madeira que a única coisa que fazem é ataques, defesas e contra-ataques, sempre da mesma maneira e sobre os mesmos temas? Se ainda avançasse, se houvesse aquela dinâmica das séries americanas em que a cada episódio as personagens se deparam com um problema e têm obrigatórimente que o resolver, fascinando o público com o rol de idéias que trocadas entre presonagens dão origem a uma solução, acabando por ter um papel didático junto do espectador, isso está bem. Sempre empolga e dá alguma emoção à coisa. Agora aquela pastelice? Pelo amor de Deus!
Já agora, só uma nota com graça. Isto da televisão é de facto um perigo para mentes mais incautas. No outro dia encontrei uma pessoa que estava convencida e me queria convencer a mim que a série que passa no AR é mesmo verdade e que aquele bando de actores de segunda são mesmo uns gajos que governam o nosso país… Fartei-me de rir!
Estou Alegre, porque não estou só!
Até os maus poetas têm desculpa - o que não é o caso, como verão! -.
E têm desculpa porque trilham os caminhos que os separam da perfeição. Buscam-na, uns com mais paciência, outros, talvez, com a insustentável leveza do ser que muitas vezes os define.
E nisto do caminhar pode ser encontrada a chave do homem contemporâneo: a busca é mais importante do que o resultado, diz quem sabe. E porque não, o sonho ainda comanda a vida!
Foi com alegria - por ficar confortado relativamente à conclusão: - não estou sózinho!, continuo a ter reservas ao funcionamento partidário em Portugal - que li uma crítica, e tão dura ela é, acerca do mal dos aparelhos partidários na realização da democracia, como ele a entende, possivelmente misturando ingredientes de insuficiente proteína animal no miolo, tornando-a assim numa utópica questão, q.b..
Alegre chega a referir-se a ela como sequestrada! Aqui, o desencanto do político é total. Eu nunca me atrevi a tanto! E não tenho a responsabilidade que Alegre carrega, como iniciado num partido de referência da cena política portuguesa e como passado/futuro candidato presidencial. Mas foi esta democracia, foi este resultado que ele e todos os seus contemporâneos construíram. Ou não terá sido assim?
É sempre complicado, no término de qualquer obra, o artista perceber que, afinal, a teoria onde se apoiou para a produção da obra não continha argumentos suficientemente sólidos para a desejada consolidação da estrutura.
Não estará sequestrada a disputadíssima democracia portuguesa; as suas instituições, mal ou bem, parecem ir funcionando, embora fora dos cânones do desenvolvimento pretendido, arrastada e muito pachorrentamente, com um futuro complicado; bem, 'vai-se andando', como se diz por cá.
Talvez tenha no seu útero um traço darwiniano levado ao extremo pelo sentir lusitano, que nestas coisas de sobrevivência nunca brinca nem brincará!
Meu caro, deixe-me tratá-lo por Manuel, o Alegre neste caso não fará muito sentido, presumo. Também eu fico muitas vezes a cismar: que bom seria viver a democracia (em Portugal) se conseguíssemos ser aquilo que não somos!
terça-feira, setembro 20, 2005
O país da pequenada!
É importante explicar o que é o Estado, como se compõe, quais os factores determinantes para a sua existência, o que são as forças de segurança, de quem dependem, qual a sua especial situação relativamente ao resto dos cidadãos, etc.. Seguidamente, devem ser explicadas as regras para a manutenção de um estado que se pretende democrático. Certamente, existirão constituições menos dúbias que a nossa em aspectos fundamentais no regular funcionamento de países democráticos.
Apesar de serem passíveis a aplicação de algumas originalidades, no âmbito da vivência democrática, que acabam por dar sentido ao seu desenvolvimento como processo e sistema politico, haverá sempre lugar à execução de algumas práticas provenientes de exemplos já testados em lugares, sem dúvida, mais desenvolvidos, democraticamente, e com mais tempo de vida dessa apetecida vivência.
É sabido que todas as questões que relevam da relação entre Governos e instituições militares, especialmente aquelas que dizem respeito às condições de manutenção, proventos e privilégios dessas instituições, devem ser tratadas com um sentido de estado efectivo pelas duas partes. Essa relação, para bem de todos os cidadãos, da sua paz e da sua segurança, jamais deverá descer à praça pública, e deverá, do mesmo modo, estar salvaguardada pelo carácter especial que define a ligação entre as partes acima referidas.
Ou seja, quando a rua sobrevém numa relação entre estas entidades, estamos (a população, os cidadãos), seriamente ameaçados.
Se vivêssemos num estado ditatorial, estaríamos em presença de uma divisão perigosa que poderia (porque não?) levar até a um hipotético estado revolucionário; no caso actual, pensamos que este pretenso confronto – em virtude do nosso estado democrático e da nossa posição como elemento de direito da UE – prefigura uma anomalia, uma doença estranha e perigosa no tecido militar, braço natural do nosso estado democrático.
O que se tem passado com a tal Associação que provoca, convoca o povo de Lisboa, fala em passeio desarmado, controla os fóruns de rádio, insulta o Governo chamando-lhe de prática fascista (se lá estivesse a oposição o léxico não derivaria), etc., é um insulto ao bom senso dos contribuintes e ao pretenso desenvolvimento da democracia portuguesa.
A democracia tem contornos processuais que limitam, felizmente, a tendência que cidadãos menos precavidos têm para reagir impulsivamente a situações que lhes são, por vezes, e como acontece com outros sectores da vida publica e privada, desfavoráveis.
Que se cumpram as regras democráticas e que se enviem os nossos militares para os quartéis – já -, porque a brincadeira está, na minha opinião de cidadão, a ir longe demais.
Será talvez desnecessário referir-me ao papel hipócrita que o PCP tem demonstrado nesta fase de descontrolo mediático, acirrando os ânimos quando deveria ter decoro pelas regras que também são as suas, porque faz parte deste estado e deste país.
Outra coisa: os tempos mudam, e com o tempo tudo muda. Se por um acaso próprio da história das gentes, os militares e as suas associações não percebem que os seus problemas devem ser resolvidos nos locais apropriados, segundo a norma que lhes é própria, então, nós, portugueses do século XXI, estaremos a passar a ideia aos parceiros actuais europeus e ao mundo em geral que acabámos de inaugurar a vida de um país no reino do absurdo.