quarta-feira, maio 25, 2005

Como os portugueses nao percebem o défice

No "Vox Populi" do Público na edição de 24 de Maio, cinco cidadãos anónimos responderam da seguinte forma à pergunta "quais as medidas que o Governo deve tomar para fazer face ao défice?" :

Francisco Galapito, formador, 34 anos - "Os grupos e as empresas que têm mais posses deviam pagar mais. Uma espécie de cooperação, mas em questões de dinheiro é díficil ser-se genuinamente solidário"

Elisabete Martins, funcionário do metro, 33 anos - "Um maior controlo dos impostos e do fundo de desemprego. Estive a receber durante seis meses subsídio quando já estava a trabalhar. Foi preciso avisar três vezes para que o cortassem"

Fernando Costa, motorista, 51 anos - "Baixar os preços das coisas para que as pessoas tenham um maior poder de compra"

Ana Branco, estudante, 24 anos - "Há demasiadas despesas que deviam ser cortadas. Cortes na função pública e maior controlo do fisco"

Este é só um pequeno exemplo - com destaque para o sr. Costa e com a excepção da última entrevistada - de como a pedagogia requerida por Vitor Constâncio terá que ser verdadeira, incisiva, clara, simples e eficaz para que todos os portugueses percebam o que está em causa com o eterno e persistente défice orçamental do Estado Orçamental. E para que o Executivo de José Sócrates tome as medidas difíceis e traumáticas que se impõem.

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