sábado, junho 18, 2005

Aculturado por Jardim

Com a entrevista concedida ao Expresso de hoje, Manuel Maria Carrilho voltou a provar porque razão é o egomaníaco mais perigoso da política portuguesa. Intelectualmente respeitado, Carrilho deita tudo a perder quando deixa que a sua avassaladora e despudorada ambição, aliada a uma auto-estima muito mais volumosa que a sua cabeleira, interfira com o seu raciocínio político. O homem até pode ter boas ideias - mais concretamente, e contando com os títulos, "38.760 caracteres" - mas com atitudes semelhantes às de Alberto João Jardim, não me parece que a esquerda lisboeta vá a correr a votar nele. Por muita gira que seja a Bárbara. E o Diniz, claro.
"By the way", onde estão os críticos - justissímos, diga-se de passagem - que arrasaram os "filhos da puta" de Jardim? Vá lá, chamar "débeis mentais" aos jornalistas sempre é um bocadinho mais criativo e rebuscado. Ao fim e ao cabo, estamos a falar do "melhor ministro da Cultura de sempre". Qualquer dia ainda recebe uma comenda do Governo Regional da Madeira.

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