terça-feira, junho 07, 2005

"Money is all that matters"

"Tenho posições pessoais que divergem, num ou noutro ponto, da posição oficial oficial da República Portuguesa. Esta até agora é clara, e não mudou, e é a de que teremos um referendo em Outubro". Diogo Freitas do Amaral, ministro dos Negócios Estrangeiros do XVI Governo Constitucional, em declarações proferidas em inglês no Palácio das Necessidades, tendo a seu lado o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.
Como é possível um ministro responsável pela política externa proferir "opiniões pessoais" diferentes da posição oficial do Governo? Não pode. Resta dizer, que a "posição pessoal", proferida na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa é a seguinte: "Este tratado não funciona, vamos fazer outro". O que implica terminar com o processo de ratificação em curso.
O mais engraçado é que Freitas do Amaral, como o Canil assinala e muito bem, limitou-se a jogar em dois tabuleiros: se o Conselho da Europa terminar com o processo de ratificação, o Governo ganha; se o Conselho da Europa continuar com o processo de ratificação, o Governo ganha à mesma.
É uma estratégia rídicula, incoerente, hipócrita e fraca. Essencialmente, fraca. Como têm sido as prestações de todos os Executivos portugueses em Bruxelas desde 1986. "Money is all that matters", é o lema.

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