quinta-feira, julho 21, 2005

Corridas e azares

Hoje tive um amanhecer azarento. Ia eu descansado a caminho da minha padaria de Campo de Ourique quando vejo uma comitiva do PS/Lisboa à porta de uma pastelaria.

"Mau! Queres que ainda vou apanhar com a babicha e o seu candidato", pensei eu para os meus botões.
Tive meia sorte. A Bárbara tinha ficado em casa. Para desilusão da senhora da papelaria, histérica para vé-la.

Por muito que o meu "bom dia" fosse apressado, alguns dirigentes socialistas não me largavam. "Então, não quer ir dar o seu apoio ao candidato Manuel Maria Carrilho?", perguntaram-me provocatoriamente. Talvez querendo ouvir a minha resposta, pouco diferente da que tem sido dada na rua pelos restantes lisboetas. "Não, obrigado".

Mal virei as costas, a caminho do pão fresco, aparece-me a senhora ministra da Cultura a correr sem fato de jogging, mas com mala , saltos ligeiramente altos e correspondente bijuteria verde alface. "Queres ver que é mais um a correr para fora do Governo...", ainda questionei, esqueçendo-me dos meus anteriores interlocutores.

Afinal, não são só os lisboetas que correm de Carrilho. Também a sua sucessora, uma portuense dos sete costados, o quer ver a milhas...

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