quinta-feira, julho 21, 2005

Quando as OTA's são o problema - conclusão

Portugal vive dias difíceis.
Ao contrário dos inúmeros pessimistas que residem neste rectângulo à beira mar plantado - com todas as vantagens daí inerentes -, não penso que estejamos destinados a um fim trágico, sem apelo nem agravo. Nada disso.
Acredito profundamente que, apesar de rezingões e mal-humorados, os portugueses serão capazes de dar a volta por cima. Como invariavelmente deram ao longo de mais de 800 anos de história. Nao penso que o caminho necessário para aí chegar passe pela OTA. Nem de perto, nem de longe.
É um péssimo sinal, ao fim de apenas 4 meses de Governo, que José Sócrates se agarre à OTA para recuperar a economia.
(O TGV é conversa para mais tarde)
É importante estudarmos uma nova localização para um novo aeroporto, cuja construção só poderá ser anunciada depois de concluídas as negociações sobre as perspectivas financeiras da União Europeia - porque o financiamento dessa obra depende, em larga escala, dos fundos europeus.
Portugal não se pode dar ao luxo de desperdiçar mais de 650 milhões de euros - que é o valor que está orçamento para a OTA no Programa de Investimentos em Infra-Estruturas Prioritárias e não o valor real de 3 mil milhões de euros - em mais estudos e trabalhos preparatórios da construção do futuro aeroporto, como já foi admitido pelo ministro Manel Pinho.
Os recursos do Estado português não são ilimitados. A "qualidade" do investimento público reclamada por Luís Campos e Cunha é um imperativo nacional. Por não ser este o melhor momento das contas públicas, e por ser possível aguentar até ao fim da legislatura sem avançar com um sucessor da Portela, sou contra a construção do novo aeroporto da OTA.
Quando os recursos financeiros do país permitirem, terá que ser estuda uma nova localização para o futuro aeroporto internacional de Lisboa. Essa localização será, obrigatoriamente, como se passa na esmagadora maioria das cidades europeias, fora da capital.
Entre a Serra dos Candeiros e Vila Franca de Xira, seja na margem norte, seja margem sul do rio Tejo, não acredito que não exista uma localização viável sob o ponto de vista técnico e financeiro. E muito mais barata que a OTA

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