sexta-feira, julho 22, 2005

Resposta a Morgado Fernandes

O João Morgado Fernandes resolveu provocar-me. Utilizando uma técnica de descredibilização conhecida, pegou num pormenor dos três post's "Quando as OTA's são o problema", atacou-o, usando o sarcasmo e a ironia, pensando que, com isso, retirava credibilidade a tudo o que escrevi sobre a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa.

Lamento, João, mas não tiveste sucesso.

Primeiro, porque, sinceramente, dúvido que tenhas lido os meus três post´s. Leitor do teu blogue, constatei há pouco tempo que és um pouco preguiçoso em termos de leituras técnicas. Não te queres chatear com coisas chatas que tenham a ver com o TGV, por exemplo. Preferes a ignorância. Com a OTA deduzo que tenhas o mesmo sentimento. Estás no teu direito, claro.

Sabes que, às vezes, não é preciso ser engenheiro para leres estudos sobre o TGV ou sobre a OTA. Para os fazer é fundamental ter passado uns 4/5anos no Instituto Superior Técnico, mas para ler não. Basta querer obter esses mesmo estudos - tu, por exemplo, como jornalista podes pedi-los no Ministério das Obras Públicas -, pegar neles e tentar decifrar o que está lá escrito. Quando não conseguires, fazes uma coisa simples: pegas no telefone e falas com engenheiros que te ajudem a decifrar as partes mais técnicas.

Ao longo de três anos como jornalista, acompanhei a área das Obras Públicas. Nessa altura, tive a oportunidade de ler alguns dos estudos feitos sobre a OTA e falar com especialistas do sector aeronáutico. Concederás que fui acumulando alguma informação.

Essa informação que recolhi é a base dos meus três post's.

Lamento que prefiras achincalhar, em vez de discutir de forma séria a escolha da OTA.

Mas só para teu conhecimento, porque sei que poderás não ter tempo para procurar essa informação, a Brisa está obrigada pelo contrato de concessão, como se pode ler aqui, a alargar os sub-lanços de duas para três faixas caso o Tráfego Médio Diário (TMD) ultrapasse os 35.000 veículos, sendo obrigatório o alargamento de três para quatro faixas caso o TMD alcançe os 60.000 veículos. As obras terão que ser feitas com dois anos de antecedência.
Como tu referes, já houve um alargamento, concretizado este ano, de duas para três faixas no sub-lanço Aveiras de Cima/Santarém.

Quando referi a duplicação da A1 tinha como referência um estudo de 2001, quando a A1, nesse sub-lanço, só tinha 2 faixas. Logo, a duplicação de que falei seria para 4 faixas em cada sentido. Ou seja, 8 no total. Tendo em conta que estamos a falar de um aeroporto que iniciará a sua actividade com uma capacidade para 14 milhões de passageiros/ano, podendo ir até à capacidade máxima de 30 milhões de passageiros/ano, convirás que a barreira dos 60.000 passageiros de TMD será facilmente ultrapassada.

Como tu sabes, o Governo de Barroso congelou o investimento na OTA, logo não foram feitos mais estudos. Espero que agora seja feito esse up-grade, que tu os peças para ler - eu irei concerteza pedi-los - e que se chegue - o que não acredito - à conclusão de que a OTA é uma péssima opção.

Os melhores cumprimentos

4 comentários:

Luís Bonifácio disse...

Em principio não haverá passagem da A1 de 3 para 4 faixas.
A construção da A10 (Arruda-Benavente) actualmente em construção, prevê um ramal em Auto-Estrada Carregado-OTA e está em projecto um outro ramal Ota-Aveiras

Luís Bonifácio disse...

No Carregado apanha-se a A10 em direcção a Arruda e depois à direita para o Ramal.

Anónimo disse...

Porque é OTA?
A territa chama-se Ota.

E a propósito Ota é para otários.

Anónimo disse...

Porqué o signal gráfico " ' " ?
em OTA's e em post's ?.
Ademais vindo de um ex-jornalista.